ʀᴏᴍᴀɴᴄᴇ ᴄᴏᴍ ᴋᴇɪsᴜᴋᴇ ʙᴀᴊɪ ᴘᴛ. 1

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[You]

"22:12", era o que estava apontando no relógio que havia em cima da minha mesa de cabeceira. Eu estava entediado, músicas de uma playlist qualquer ecoavam nos meus ouvidos enquanto eu fitava o teto, não conseguia parar de pensar, pensar na vida, pensar em todas as coisas que deveria fazer mas não tinha forças sequer para levantar da cama, pensar em como as minhas cobertas se encontravam quentes, pensar nele. Meus pensamentos são interrompidos por um som alto vindo da sala de estar, a campainha tocava desesperadamente.

― Quem é o otário que bate na porta dos outros às dez horas da noite e espera que eu atenda na hora, em?! ― Destranco a porta e abro-a com força esperando ser a minha vizinha que vive pedindo ingredientes para suas receitas de bolo, mas me surpreendo ao encontrar ele. Keisuke Baji estava na minha porta com cara de que alguma desgraça aconteceu em sua vida, enquanto tinha dois pacotes com lanches e uma garrafa de vinho em mãos.

― Keisuke?

― Opa, eai, [You]? - Meus pelos se arrepiam quando escuto meu nome soar nos lábios do meu melhor amigo, era algo recorrente que percebi faz um tempo atrás.

― O que está fazendo aqui agora? E por que usou a campainha, eu não te dei a chave?

― Não deu tempo de eu procurar a chave do seu apartamento, peguei a carteira, o celular e sai correndo de casa.

― Que merda você fez agora, cara? Entra logo, mas só pela comida e o vinho.

― Tsc, você é um idiota. ― Escuto sua risada gostosa antes do moreno entrar no meu apartamento e deixar as compras em cima da mesa de centro que havia na minha sala de estar. Tranco a porta de entrada e vou buscar duas taças para o vinho na cozinha.

― Você ainda não me respondeu, Kei. O que você fez para aparecer na minha porta como um gatinho abandonado? ― Volto para a sala de estar com as taças de vinho e sento-me ao lado do moreno de cabelos longos no sofá.

― Para que as taças? Vamos beber direto da boca da garrafa.

― Eu sei o que está fazendo, pare de fugir do assunto.

― Certo, certo! ― Ele suspira enquanto levanta as mãos para o alto indicando rendimento. ele suspira mais uma vez com os olhos fechados enquanto colocava o braço em volta dos meus ombros. - Voltei para casa depois de sumir durante um dia inteiro, sem brincadeira. Fui em uma festa na noite passada e fiquei chapado para caralho. Acordei na cama de um cara aí e me bateu um ressaca terrível, só consegui voltar para casa faz poucas horas atrás e minha mãe quase arrebentou a minha cara de preocupação.

Senti meu coração pesar quando Baji diz que dormiu com outro homem, ainda mais um que não conheço, ou melhor, que nem ele conhece! Se é tão fácil dormir com qualquer um, por que não me pega? Tiro seu braço dos meus ombros e estendo meu corpo em direção a mesa de centro para abrir a garrafa de vinho.

― Não sei o que passa na sua cabeça. Vai em festas sozinho, bebe como um drogado sem noção e ainda dorme com estranhos, você é louco? Nem para me chamar para te acompanhar, eu teria cuidado de você. ― Sirvo o vinho nas taças, quando entrego o copo para o moreno, ele se pronuncia.

― Olha, cara, eu realmente não sei. Pareço um adolescente necessitado que está tentando superar a ex de qualquer forma. Estou me sentindo idiota, é como se eu precisasse de alguém para me beijar, me tocar, me amar. ― Keisuke toma um gole cheio do vinho.

― Eu posso ser esse alguém. ― Minha voz sai um tanto baixa, como um sussurro, porém, alta o suficiente para o garoto ao meu lado escutar.

―O que?!

APENAS UM BEIJO - Keisuke Baji duoshotOnde histórias criam vida. Descubra agora