The Editor

The Hiring

Ser editor chefe de uma grande empresa de jornal de Nova York não é algo que qualquer um pode ser. Não que eu esteja me gabando ou me achando por isso, mas realmente não é. Lidar com gente quando se é importante e rico é sempre um caos. Em quem confiar, em quem não? Ser duro, ríspido, mandão e todos os adjetivos similares fazem parte da característica de um líder. Não que isso seja uma verdade absoluta, mas é a minha verdade absoluta.

Não queria ir trabalhar hoje, eu moro em um apartamento no centro de Manhattan, por volta de 30 minutos de onde estou fica o Breaking Newspaper office. É um prédio de 24 andares, também meu. Breaking Newspaper não é só um jornal regional do estado de Nova York. Breaking Newspaper também é um jornal que circula por quase todo o país Americano. Minha meta é poder ter meu jornal por todos os cantos dos Estados Unidos. Por enquanto, está bom liderarmos as estatísticas de Jornais da cidade onde vivo, e ainda tirando o fato de estarmos expandindo o conceito de Jornal. Uma parte de minhas ações estão destinadas à produção de Jornal online, ou seja, estamos expandindo a informação para a internet de um jeito que nunca se foi visto.

Respiro fundo, realmente não quero ir trabalhar hoje, ter 24 anos e tamanha responsabilidade é algo intrigante. Ao mesmo tempo em que eu tenho que ser aquele quem direciona, quem dá a palavra final, inspira confiança, sou uma pessoa que tem problemas para acordar às 7h da manhã de uma segunda feira chuvosa. Observo, com pouca luz aqui no meu quarto, a chuva cair sobre a janela, é tão lindo os pingos juntarem-se uns aos outros, serem carregados pelo vento, por onde o vento leva deixa um rastro.

Levanto, não com certa facilidade, olho meu iPhone e tem 370 e-mails, esse pessoal não sabe resolver nada sem mim, e espero que não façam. Jogo o celular na cama e dou uma espreguiçada, de quebra ainda um bocejo.

Olho no espelho e vejo meu cabelo bagunçado, meu corpo bem definido, e minha calça moletom. Vou ao banheiro e faço minhas higienes, após acabar de tomar meu banho, cubro-me com meu roupão e vou ao closet escolher uma roupa. Deslizo os dedos pelos ternos, pego um preto liso, uma blusa social branca, uma gravata azul real, um sapato social e visto tudo isso em instantes. Pego um rolex e ponho no meu pulso.

Minha pasta, onde está minha pasta? Coço o rosto onde deveria estar a barba, já que eu a tiro quase diariamente. Lembrei, está no meu escritório, corro lá e dou uma olhada nas horas, 7h:30m, hoje eu demorei. Corro para o elevador e espero que Stuart já esteja à minha espera.

- Bom dia, Sr. Tomlinson - saúda o porteiro, por educação respondo.

- Bom dia, Sterling - sorrio e avisto logo Stuart esperando-me.

- Bom dia, Sr. Tomlinson - abre a porta do carro.

- Bom dia, Stuart - respondo aconchegando-me nos bancos do carro - Por favor, direto para o Breaking, okay?

- Sim senhor - responde.

O bom de hoje é que parou de chover, estou tão atrasado que não vou poder ir ao Starbucks comprar meu matinal café, vou acabar pedindo para o meu secretário pegar para mim.