Under Two Wheels | Adaptação | Minsung ✔

Pelo 'Inho

- Jisung, chega, estou com dor. - As mãos do alfa tremiam devido ao esforço. Ele sentia cada membro repuxar. Ele já estava fazendo a fisioterapia a alguns dias e por enquanto a única coisa que sentia era dor. Dor e mais nada. Nenhum avanço. Seus movimentos ainda eram limitados.

- Minho, não vamos desistir. Você está indo tão bem. - Retornando os olhos aos do alfa, continuou. - Pensei em fazer alguns exercícios no estábulo.

- Estábulo?

- Sim. Sua mãe disse que você lidava muito bem com os cavalos. Você pode praticar coisas como escovar as crinas, movê-los da baia até o pasto. São tarefas que parecem simples mas demandam certo esforço e seu subconsciente já as conhece, então pode ser mais fácil. - Jisung fazia uma massagem no ombro do alfa com gel para dor.

- Eu não mexo com cavalo há anos. Acho que nem lembro como fazer isso. Fora que, caso não tenha notado, estou um pouco impossibilitado nesse momento. - Minho apontou para as pernas com o olhar irônico. Jisung só revirou os olhos. - E aí, qual é a sua com o sanguessuga? - Minho questionou enquanto Jisung guardava seus aparelhos na maleta.

- Desculpe? - O ômega franziu o cenho.

- Desculpo sim, querido. Mas você não respondeu minha pergunta. - Minho sorriu.

- Eu não entendi sua pergunta.

- Stanley... O que você tem com ele? - Pela primeira vez Minho sentiu um gosto amargo ao pronunciar o nome.

- Sabe, eu tenho uma cultura de vida. Se você precisa perguntar algo para saber, é porque não é da sua conta saber. - Jisung retribuiu o sorriso.

- Ele ficou nervosinho... - Minho abriu as mãos com as palmas voltadas para o ômega.

- Somos bons amigos. Ele me apoiou em um momento difícil e... Eu sou grato. - O ômega levantou, fazendo menção de sair.

- Grato ao ponto de namorar com ele? - Minho estava genuinamente curioso sobre isso por algum motivo.

- Grato ao ponto de não falar sobre a vida dele a terceiros. Nos vemos amanhã para mais uma sessão, Minho.

- Você fala como se fosse pegar três conduções pra ir embora. - Minho sorriu ladino.

- Não, mas tenho um compromisso hoje. - O ômega estava quase entrando na cozinha quando escutou o alfa responder.

- Com ele? - Jisung sorriu e seguiu seu caminho.

...

Minho estava descansando em sua cadeira na varanda enquanto Freddie corria pelo quintal, brincando com seu inseparável bonequinho.

O alfa riu algumas vezes de como o garotinho conversava com o brinquedo e parecia ouvir ele responder.

Jisung havia entrado para ajudar sua mãe com o almoço, e ele acabou por vigiar o garoto já que era o único ocioso ali, palavras da própria Anne.

Tudo estava tranquilo, o sol refletia nos cabelos loiros de Freddie que estavam bagunçados, a camiseta branca suava e a bermuda azul estava marrom pois ele aparentemente não se importava em se arrastar no chão.

Até que um objeto brilhoso de madeira chamou a atenção do alfa, ele o reconheceu de imediato. No canto da varanda, ao lado do fogão a lenha estava um objeto que Minho conhecia muito bem. Havia pertencido a seu pai, depois a ele mesmo. Um berrante.