Não era pra ser assim

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Gente fiquei frustrada com o descaso com eles na novela e me inspirei pra escrever essa fic! Espero que gostem!
Vou amar saber o que vocês acharam!
❤️

Stenio

Não acreditava no que estava prestes a fazer, comprar um terceiro anel de noivado para Heloísa não era uma opção a três anos atrás. Não era mesmo!

Terceiro...um terceiro casamento, uma terceira chance, três tentativas. Será que iria funcionar? A ideia desse pedido veio da impossibilidade de viver sem ela, a impossibilidade de ver minha vida daqui pra frente sem Helô, tudo aconteceu tão rápido e todas essas possibilidades que tive de perdê-la, durante operações policiais contra a máfia, durante um jantar com um colega de trabalho, toda elas me levaram a essa decisão.

Considerava loucura ser apaixonado a mais de 30 anos por uma mesma pessoa, óbvio que tivemos altos e baixos, óbvio que em algum dia na minha vida pensei que seria melhor deixá-la ir. Mas nunca consegui. Nunca a deixei partir de fato, e nunca deixaria.

Estava mais que claro pra mim que estávamos destinados a ficar juntos, que estávamos destinados a aprender a lidar com nossas profissões, com todos os atritos que elas nos geravam. Faria ela entender que precisava se tornar Heloísa Sampaio Alencar novamente.

Mesmo que isso fosse loucura.

Encarava o anel sabendo que era a cara dela, que ficaria lindo em seu dedo, que a tornaria minha novamente e esse sentimento me enchia de alegria.

Mas essa alegria foi dissipada quando um louco adentrou a loja portando uma arma, fez uma grávida refém e me deixou anestesiado, seria irônico demais morrer justo no dia em que decidi que valeria a pena tentar casar com minha ex novamente.

Um tiro ecoou de sua arma, eu já não sentia meu corpo.

"Você, fecha a porta!" o homem mandou incisivo, demorei para sair do lugar.

Cheguei na porta de vidro segurando-a com as mãos trêmulas, foi aí que a vi, a delegada que usaria o anel que eu segurava possessivamente em minha mão. O espanto foi evidente em seu semblante, meu nome saiu de sua boca com pesar.

Ela sabia que eu corria risco ali com aquele mâniaco.

Fechei a porta e encarei a cena, uma mulher grávida de refém, não parecia justo, não era justo. Em questão de um minuto eu estava em seu lugar. Ouvia Helô negociando, o braço dele envolta do meu corpo.

"Larga ele, você só vai piorar sua situação". Ela praticamente gritava incisiva.

Mas foi quando transtornado o bandido disparou novamente pra cima que o desespero tomou conta de mim. O pensamento de nunca mais vê-la, de morrer ali sem falar "eu te amo", mais um disparo. Meus olhos fechados, o braço que me prendia se soltando.

Ela havia acertado ele. Helô havia me salvado. Pela milésima vez desde que nos conhecemos.

Abri os olhos o vidro da porta estraçalhado o homem caído e minha respiração descompassada.

Foi por pouco, ela podia ter me acertado. E Helô não sobreviveria com esse peso.

"Você atirou, eu estava na frente!" Gritei enquanto ela tentava me acalmar. Só de sentir seu toque em mim já consegui respirar melhor.

Meu corpo cedeu ao peso do meu desespero. Ela me acompanhou, suas mãos em meu rosto, braços, perguntando se eu estava bem, se minha mão estava machucada.

Droga a aliança, não foi assim que planejei. De jeito nenhum, se com o que havia planejado já havia a possibilidade de um "não" imagine agora.

"Não era pra ser assim". Consegui falar em meio a minha crise.

Final Feliz SteloisaOnde histórias criam vida. Descubra agora