I- Little Lamb

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Imagina nascer um cordeirinho, uma espécie rara e pequena

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Imagina nascer um cordeirinho, uma espécie rara e pequena.

Harry deveria se sentir feliz em ser um lindo cordeiro de pelagem branquinha, o rabinho pequenino como um "pompom" no bumbum gordinho, os cabelos encaracolados bem loirinhos só tornava-o gracioso. Os olhos verdes como uma esmeralda era o charme em meio ao rostinho rechonchudo, o bico naquela boquinha não podia faltar. Não era proposital, ele tinha os lábios mais avantajada do que o normal. Era como um patinho.

Harry tinha 18 anos, mas sua estatura e aparência era totalmente contrária a sua idade. Ele era tímido, amava a cor azul, colecionava ursinhos de pelúcia e gostava de algodão doce. Usava muito suas jardineiras jeans e um tênis branco surrado devido ao constante uso. Era um garoto adorado por todos.

Mas o que era para ser de grande felicidade, tornou-se de agonia e medo durante os 18 anos de vida. O cacheado era uma espécie rara por ser uma presa fácil para os predadores ao arredor da cidadezinha. Mesmo sendo maior de idade e amar sair para passeios pelos bosques, temia ser a presa de um lobo como o seu pobre tio Derick, ele sumiu e nunca mais tiveram contato com o familiar.

—Mamãe! Eu já sou um homem de 18 anos, por Deus! - o cacheadinho ralhou com a progenitora. Os bracinhos cruzados na altura do peito, o biquinho e o pézinho batendo constantemente no chão. Mimadinho!

—Mas sempre vai ser meu bebêzinho e não levante a voz comigo ou então não haverá bolo de morango na sobremesa, seu pirralhinho. - ditou divertida.

A face zangadinha mudou para uma chorosa em segundos.

—Não é justo, eu só queria passear no bosque. Deixa mamãe, por favozinho... - juntou as mãozinhas em sinal de rendição. Com aquela voz fofa, um chapéu redondo na cabecinha, Harry conseguia tudo de sua mamãe.

—Está bem! - suspirou rendida. —Mas não ultrapasse a ponte de madeira. Me prometa. - levantou o dedo mindinho onde logo o baixinho pois-se a juntar ambos, o seu sendo bem menor. Sua progenitora deixou um suspiro amável escapar. Puxou o corpinho para perto e agarrou as bochechas gordas.

—Mamãe minhas bochechas doem, pare por favor... mamãe... - pedia entre os carinhos cheio de chamego que logo cessou.

—Ok, bobão. Agora vá! Esteja aqui antes das seis, ok? Não passe disso ou eu reuno a vila inteira para ir atrás de você. - brincou, dando tapinhas no pôpô gordinho.

—Estarei aqui às seis! Até logo, mamãe.

Saltitando pela estrada de terra, Harry não via a hora de poder colher suas lindas peônias. Elas só cresciam no centro da floresta, pertinho da ponte onde sua mãe nunca deixava-o passar. Ele morria de curiosidade para saber o que tinha além dela, mas o cacheado prometeu de dedinho que jamais iria além.

Os boatos que corriam na vila era que, após a ponte havia um cabana onde um lobo, muito grande e feroz, morava e quem se aproximasse ele os devorava sem pena, principalmente cordeirinhos fofos e pequenos como Harry. Sua espécie era deliciosa.

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