PRÓLOGO

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Depois de limpa, cheirosa e maravilhosa, peguei minha bolsa e entrei em meu carro, indo direto para o local de encontro dos corredores de rua. Já estava muito movimentado quando cheguei, saí do automóvel com a mesma autoridade com que dou passos por onde ando. Meu vestido branco de tecido grosso e incrivelmente justo em meu corpo, acima do meio das coxas e de alcinhas finas, me destacavam entre as outras.

__ Fale comigo gata, pensei que não fosse aparecer. _ Pedro se aproxima de braços abertos e eu fecho a cara.

__ Corta essa, cadê meu dinheiro? _ cruzo os braços.

__ Precisa relaxar cara. _ ele saca o bolo de dinheiro do bolso e sorrir __ Relaxa aí.

__ E meu carro, cadê?

Pedro é o cara de estilo mais aleatório que conheço. É um bom garoto, um bom homem, o único defeito visível é a grande falta de atenção. Já estava com três pegas que eu havia ganhado e ele ainda não tinha me dado meu dinheiro de prêmio. E um carro que eu comprei com ele, faz duas semanas que está atrasado e esse peste ainda não me deu uma informação que preste.

__ Na minha garagem, aparece por lá quando sair daqui. _ seu sorriso se curva e eu reviro os olhos.

__ Safado. _ bato em seu peito, o sorriso dele é lindo.

__ Eliza, tem um cara querendo correr contigo. _ sou chamada por Leandro, é ele quem organiza os corres __ O carinha conhece Isadora. _ o encaro por alguns segundos até ir ao encontro do rapaz.

Dirigi para a linha de partida e quando vi quem era, por algum motivo, meu sorriso se puxou levemente para o lado e esfreguei minhas mãos na coxa nervosa com sua presença, desde que o conheci na cozinha de casa, tenho fantasiado nosso encontro, mesmo sabendo que ele fodeu com minha irmã antes dela se casar. __ Está afim de correr? _ ele questiona.

__ Vai perder teu carro. _ provoco.

__ Vou é?

__ Uhnhum. _ ele assente sorrindo.

__ Tenho vários, posso até dá um de presente para você.

__ Estou aceitando, meu querido.

A garota com uma saia minúscula, um sutiã minúsculo e com a calcinha visível, deu o sinal de partida e aceleramos nossos motores. Seriam quatro quadras, Tom Robert fazia manobras simplesmente espetaculares enquanto desviava dos carros e até mesmo quando atraímos a atenção da polícia ele não parou, continuou e eu o acompanhei. No final da corrida, fiz sinal para que ele me seguisse e ele obedeceu.

Entrei em um galpão com pouca iluminação e me sentei no capô do carro o aguardando. E ele vem, vem desfilando com sua calça social preta e a camisa azul escuro dentro do tecido. Desde que o vi fiquei maravilhada, Robert é lindo e admito isso para eu mesma, nos meus pensamentos onde acontecem as cenas sexuais mais deploráveis possíveis. Ele é alto, cheiroso, tem cabelos macios e lábios super beijavéis, sem contar no olhar de iris azuis que mexem até com nossa alma.

Tom aproxima-se e se inclina sobre mim, beijando meu rosto. Meu corpo ferve. __ O que queria ao decidir correr comigo? _ questiono descendo mais do capô e ficando com as pernas cruzadas.

__ Te ver. Saber como você corre, talvez. _ ele diz sugestivo e com muitos, mas muitos filtros.

__ Então, se for isso já pode ir, já viu o que tinha para ver. _ indago fazendo gesto que vou finalmente descer do capô mas ele me impede rapidamente segurando-me na lataria.

__ Meu desejo era apenas te comunicar que Isadora casou-se e que brevemente virão atrás de Nina para morar junto a ela e seu novo marido. _ Robert não parece nem um pouco afetado.

Sempre você | Livro 2 - TrilogiaOnde histórias criam vida. Descubra agora