Canções e o Passado

TPM, ou não. - Capítulo 3

Camy Narrando•

Passei a tarde toda quieta, sem ânimo, sem vontade, mal, muito mal. Até Guilherme me perguntou o que tinha acontecido, e eu disse que era a TPM, mas disse sem nem conseguir olhar nos olhos dele.

Nem minha voz saía direito, estraguei completamente o ensaio. Tive que sair várias vezes até o banheiro respirar e segurar o choro. Sou muito pensativa então aquilo ficou matutando em minha mente por muito tempo.

Já estava com dor de cabeça e não conseguia mais fazer nada, então Guilherme achou que eu realmente estava mal por conta da TPM e se ofereceu:

-Quer que eu te leve pra casa? - falou sentando ao meu lado no sofá, eu até iria, mas sem ser com ele.

-não precisa, eu tô bem - falei seco.

-eu fiz alguma coisa? Precisa de alguma coisa? Se precisar te levo em uma farmácia pegar algum remédio que precisar - ele nunca deixou de ser cuidadoso comigo, só que agora eu só pensava se ele também era assim com a outra...

-não, não aconteceu nada, voce não fez nada. - não tinha como eu continuar ali naquela situação então eu disse - Me leve pra casa, eu tenho remédio lá.

Ele concordou com a cabeça, me ajudou a levantar e com a mão ao redor das minhas costas até ficar com a mão no ombro me levou até o carro. Hugo estava lá fora atendendo uma ligação, ele veio em mim e me abraçou e disse em meu ouvido que tudo iria melhorar.

- obrigada, Hugo. - falei isso com um leve sorriso.

Guilherme abriu a porta do carro pra mim. Era perto, mas a viajem parecia uma eternidade, estava tonta, e fomos mudos até chegar. No momento em que chegamos ele veio e abriu a porta pra mim e disse:

- você tá muito pálida! Vamos logo entrar e tomar um remédio. - eu não falei nada, apenas entreguei a chave do portão e entramos na casa, Marília e as gêmeas vieram correndo até mim e perguntando porque eu estava tão pálida.

Minhas vistas estavam escurecendo e quando menos esperei, já não lembrava de mais nada. Só ouvia à voz de Guilherme dizendo pra eu acordar. Foi um desmaio rápido, que passou em segundos, e quando acordei sentia que ia surtar, e falar tudo que eu sentia. Mas quando acordei não tinha nem forças pra falar algo. As meninas disseram que Guilherme não precisava se preocupar que elas ficariam cuidando de mim.
Ele veio em mim, me deu tchau e deu um beijo em minha testa. Era tudo que eu menos queria naquele momento. Mas lembrei que éramos amigos, e que era normal isso da parte dele, mas, depois de tudo que vi eu não estava preparada.
No momento em que ele saiu desabei novamente e Marília exclamou:

-amiga, não sabemos mais como te acalmar! Maraisa já vem com um chá é um remédio e voce vai ficar aqui nesse quarto deitadinha na cama!

-tá bom, nem quero sair daqui, se pudesse ficava o resto da minha vida aqui.

-Camilly, você comeu hoje? São 15:30 da tarde!

- não tive fome e eu não comi desde as 8:00 da manhã, não tinha nem um pouco de vontade.

-tá explicado por que tá assim! - disse Marília com cara brava.

- você tem que se alimentar, bebê! Não é fácil ver isso, eu sei, mas sua vida não precisa depender disso!

-eu sei, mas eu não tenho forças nem pra sair da cama, nem ânimo, nem vontade, nada! Só quero ficar aqui e nunca mais sair.

-você uma hora vai ter que sair, mocinha, não é bem assim! - disse a Maraisa entrando no quarto.

Minha cabeça estava explodindo, então tomei o chá e o remédio e as meninas deitaram comigo, logo dormi e fiquei lá por horas dormindo. Acordei quando era tarde e elas acordaram comigo e fomos assistir filmes e séries, comemos e depois de passar o dia inteiro de cara fechada consegui sorrir, tenho sim as melhores amigas do mundo!

No outro dia

Hugo e Guilherme vieram me ver, eu estava melhor, doeu e senti a angústia de novo quando vi Guilherme, mas lembrei de tudo que conversei com as meninas no dia anterior e me mantive forte do começo ao fim da visita deles. Passei o dia em casa com as meninas e e os meninos ficaram um pouco e foram pra casa.

Passei o dia normal, mas por dentro já me sentia morta.

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Mais um capítulo pra vcssss, espero que gostem, bjs