★。+゚☆Cap.VI-EsferadeTransmutaçãodeRaça☆ ゚+。★

5 2 0
                                    



"[purple]Acorda, Cris... Vamos... Levanta pra cuspir, mulher!" – a Oráculo chamava-a cedo outra vez.

"Qual é a razão para não esperarmos o sol primeiro dessa vez?..." – perguntou a Cris quase enviando a cabeça debaixo do travesseiro.

"[purple]Temos que ir à lavanderia. Não só para lavar as suas roupas, que são uma ótima desculpa, como também para encontrar alguma seda ou cetim para ocultarmos a Esfera depois que ela ficar pronta. Ao menos até a hora certa. Agora sai da cama!" – a Cris começou a resmungar entre os lençóis tão confortáveis – "[purple]Deixa de bancar a criança e levanta, dona Cris!"

"Tá, sua chata! Eu levanto!" – respondeu a Cris já se sentando na cama, claramente irritada por não a deixarem dormir – "Vamos logo botar fim a essa chatice!" – terminou ela de reclamar enquanto se arrumava e a Negra a observava querendo rir da mulher.

Assim como na manhã anterior, a Cris primeiro conferiu os corredores antes de deixar o quarto e seguiu direto para a lavanderia com a sua bolsa contendo as roupas que usava quando chegou naquele lugar. Aproximando-se de uma das bancadas que forneciam apoio no lugar, ela largou a bolsa e foi atrás de um balde ou bacia para por suas roupas de molho enquanto buscava pelo pano pedido pela Negra. Achou um monte de cetins de luxo cuidadosamente dobrados em um armário e foi logo pegando e já colocando um em sua bolsa. O equipamento usado para a lavagem de roupas lhe pareceu um pouco estranho, mas a Negra lhe explicou como tudo funcionava. Depois era só esperar.

Durante a espera (que seria de uns 25min. segundo a oráculo), a Cris resolveu vasculhar mais um pouco o lugar e acabou por encontrar um pode cheio de castanhas torradas. Graças à Negra, ela não tinha comido nada ainda e estava com fome. Foi com o pote até uma outra bancada de costas para a porta, e abriu o pote que lhe deu um pouco de trabalho.

– Comendo às escondidas? Que coisa feia... – falou Leiftan por trás dela fazendo-a derrubar o pote de vidro que só não se quebrou porque ele o pegou a tempo.

– Leiftan! Você me assustou! Está tentando me matar do coração por acaso? – falou ela virando-se de frente a ele com o coração a mil.

– O que veio fazer aqui? – falou ele enquanto colocava o pote sobre a bancada.

– Lavar a minha roupa suja. Afinal, é pra isso que uma lavanderia serve, não é? – respondeu ela pegando um punhado das castanhas e começando a as comer.

– Vai lavar as do corpo também? – ela se engasgava enquanto ele a prensava contra a bancada ficando consideravelmente próximo dela.

– J-já lhe disse que sou comprometida. – falava ela ruborizada e um pouco ofegante – Te-tenha mais respeito, por favor! – ele apenas lhe sorriu afastando-se um pouco.

– Como foi sua noite? Você acordou cedo. Teve alguma nova memória? – perguntou ele ao se lembrar da forma como ela havia deixado o quarto, seguindo-a de longe depois.

– Semelhante à ontem, não consegui dormir tudo o que queria... "Ou melhor, não me deixaram". E quanto à minha memória, continuo na mesma. – respondeu ela tentando acalmar-se do susto e da brincadeira de Leiftan.

– Tem medo de mim?

– Oi?

– Essa noite, sua porta estava trancada, e eu a vi quando saiu do quarto em que está dormindo. Tem medo que eu lhe faça algo agora que sabe que sou necromante? Mesmo pertencendo à sua raça faery favorita?

"Misericórdia! Porque é que ele está me perguntando uma coisa dessas?" – pensava a Cris, engolindo seco – Você... estava me vendo enquanto dormia? Está... me vigiando?

Amnésia TransdimensionalOnde histórias criam vida. Descubra agora