Era dia do nosso aniversário de namoro, mas não era a primeira vez que Chuuya se atrasava, mas cara... 3 horas já é demais! Estava aqui, nessa mesa de restaurante, sentada a exatas 3 horas... Isso é um recorde. Só havia pedido um copo de bebida até o momento, com esperança de que ele aparecesse.
De repente, consigo escutar um barulho extremamente alto de sirene, é aqui do lado. Bom.. esqueci de me apresentar, mas sou uma oficial da polícia muito conhecida, e por coincidência nessa região é permitido o porte de arma mesmo fora do turno de trabalho. Logo saí do estabelecimento, pegando minha bolsa, indo em direção as sirenes, apresentando minha carteira de identidade e indo procurar pelo suspeito. Isso não é mais problema para mim, estou em um péssimo dia e não me importo mais se Chuuya aparecerá lá ou não.
Indo em direção a um beco próximo, acompanhada de policiais, vejo bem no final, uma sombra de cabelos ruivos deixando seu chapéu cair... Aquelas mechas ruivas que me conquistaram, agora estariam contra mim... Não acredito que ele não me falou sobre isso.
Ele sabia do meu trabalho, mas não gostava quando tentamos falar sobre o seu, fingia trabalhar sendo funcionário do governo. Esse mentiroso, esse mentiroso conquistou meu coração como ninguém mais poderia. Corro para pegar o chapéu caído antes que os outros oficiais que me acompanhavam o vissem.
Guardei o objeto em minha bolsa, informei aos policiais que o criminoso já havia fugido do local. Voltei para casa como se nada tivesse acontecido.
— Oi amorzinho... Acabei de chegar do trabalho. - ele retira seus sapatos e entra em casa com a maior naturalidade possível, como se já estivesse acostumado com essa situação. — Cozinhou alguma coisa?
— Chuuya. Me fale toda a verdade, não estou para brincadeira, sabe que dia é hoje? - eu pergunto friamente para o homem.
— Como assim? Hoje tinha algo importan- — ele checa seu calendário compartilhado e repara que essa exata data estava grifada com uma cor mais forte. — Eu- eu... Me desculpa, eu não me lembrava disso — ele vacila enquanto olha para o chão envergonhado, mas no fundo sei que ele se lembra, mas prefere mentir do que contar que ele era o criminoso procurado, achando que ninguém ia reparar.
Ele queria ir me encontrar, mas quando chegou ao restaurante, conseguiram, não sei como, identificá-lo. — Cadê seu chapéu?
— Hm... Acho que eu esqueci no trabalho, vou lá buscar.
— Sabe que eu fui no seu trabalho? Porque sabia que iria esquecer. — mostro o objeto que estava em minha bolsa para o homem, que instantaneamente demonstra surpresa.
— Olha... Desculpa.
— Desculpa nada, eu já me cansei, ok? Me arrisquei por você. Só para descobrir que era o criminoso procurado pela polícia inteira. Fala sério, eu vou explodir. Estive te dando uma segunda chance, mas agora deu. — depois de falar isso, pego uma mala e começo a arrumar minhas roupas para sair de lá.
— Me permita tentar mais uma vez, por favor... Por favor... Eu posso fazer melhor.
— Pare de tentar... Você sabe que uma hora eu não vou me aguentar, e vou voltar para você... Mas eu não quero isso para mim.
Você tem sangue inocente em suas mãos, realmente acha que tem lugar de fala comigo? Andou me deixando de mau humor, não consigo descrever o tanto que estive tentando insistir em nós. Tóxico, isso que você é. Não vou tentar encontrar a parte boa no adeus. Todos perceberam como me tratava, só você que não. Era isso que eu queria falar na cara dele... Mas não aguento ver esse rostinho lindo chorar por minha causa.
— Obrigada por tudo... Boa sorte. — fui em direção a porta destranquei ela e falei isso.
Começou a chorar, segurou minha mão, me virou em sua direção e me abraçou. — Eu te amo... Por favor, volta para mim... — o homem disse aos prantos.
— Eu não posso me machucar desse jeito. Talvez em outra vida possamos fazer isso acontecer de verdade.
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ᴀᴛé ᴍᴀɪs!
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Demorei MUITO para escrever isso, sem motivo específico (preguiça) 20/07/23
