Ceylin estava desfazendo as malas e escutou a campainha. Caminhou serenamente até a porta e ao abrir viu a figura paterna de Metin.— Filha, desculpe não esperar você descansar, mas precisava saber como está. — Metin falou um pouco envergonhado e foi surpreendido pelo abraço apertado de Ceylin.
— Obrigada, Metin Baba! — Beijou o rosto do sogro. — Estou bem, a viagem me deu forças para continuar.
A nora passou 1 semana em Alçatı e ele fez questão de entrar em contato com ela todos os dias para saber como estava. Não fazia isso por obrigação com a esposa de Ilgaz, mas porque a convivência com Ceylin fez nascer em seu coração um sentimento genuíno, como quando pensava em sua própria filha.
— Espero que você jante conosco essa noite, me faria muito feliz — Segurou o rosto de Ceylin entre as mãos e deu um beijo em sua testa.
— Eu irei, Metin Baba.
Todos se reuniram para receber Ceylin, incluindo Gül, Parla, Aylin e Osman. Logo depois chegou Eren, Tuğçe e Merve. A família estava completa, ou quase, já que a ausência de Ilgaz era sentida por todos.
Ceylin parecia ter florescido na viagem, a falta que ela sentia de Ilgaz era latente, mas existia um fôlego novo. Não desgrudava do cachorrinho que Eren devolveu assim quando chegou. Ter o bichinho nos braços era sentir um pouco do marido.
— Filha, você está mais linda que nunca — Comentou Gül
— Ceylin Abla, não ia tocar nesse assunto, mas já que Gül Teyze comentou — Çinar beijou a ponta dos dedos — Çok güzel.
— Kraliçe — Eren falou — Masha'Allah
Não demorou para que todos começassem a tecer elogios à Ceylin, deixando-a corada.
— Vocês parem com isso ou não conto mais nada da viagem — Ceylin jogou um guardanapo em Eren. — Foram dias incríveis, voltei renovada... comi peixe em um restaurante maravilhoso, tomei sol à beira da praia, li um livro e mergulhei.
— Olha como minha irmãzinha está aventureira — Aylin salientou.
— Está mesmo, nora advogada. — Merdan falou com um sorriso no rosto. — Nem meus netos são tão parecidos comigo como você, na sua idade eu era exatamente igual. — Arrancou gargalhada de todos.
— Vou tomar isso como um elogio, Dede. — Ceylin pegou a mão dele e acariciou.
Terminaram o jantar em perfeita harmonia e se reuniram na sala para seguirem com a conversa.
— Eren, como está a investigação sobre a associação de Ömer e Haluk? — Ceylin chamou o amigo no canto e começou a sabatina.
— Ceylin!! Você sabe que é pra se manter afastada disso tudo. — Ele falou com uma expressão séria.
– E você sabe que não vou largar isso até que eles paguem por tudo que fizeram com Ilgaz. — Impôs sua condição — Anda Eren, estou esperando. — Colocou as mãos na cintura.
— Não vamos estragar essa noite, amanhã nos vemos no seu escritório. Pode ser?
— Olha Eren, se você pensar em me enrolar vou bater sua cabeça na parede. — Falou petulante.
...
Alguma caixas estavam espalhadas pelo escritório e Ceylin iniciou sua arrumação. Precisava organizar alguns arquivos e faria isso enquanto esperava a chegada de Eren, para facilitar deixou a porta aberta e mandou uma mensagem para ele informando.
Pegou uma caixas que deveriam ser guardadas no alto da estante e puxou uma cadeira para subir e alcançar o local desejado. Ouviu o barulho que indicava alguém chegando ao escritório.