Aquele em que Ceylin contou a verdade

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Ilgaz sentou Ceylin em um dos bancos no corredor do fórum, ela não ficou inconsciente mas parecia em estado de torpor. O promotor segurava as mãos da esposa entre as suas enquanto aguardava a chegada de ajuda médica.

— Já falei que não precisa, Ilgaz! Eu estou bem — Ceylin tentava levantar, mas ele não deixava. — Me deixe sair, preciso de ar. — Ceylin empurrou as mãos de Ilgaz e levantou contrariando o marido. — Não consigo respirar.

— Ok! Ok! — Falou enquanto a seguia para o exterior do tribunal. — Me deixe pelo menos te acompanhar. — Envolveu os ombros dela.

Chegando na parte de fora do edifício, Ceylin se apoiou em uma parede e levou a mão ao pescoço, em uma tentativa de respirar melhor. Sua pele estava coberta de placas vermelhas, característico de quando ela tem episódios de ansiedade, como agora.

Ilgaz vendo a situação de Ceylin, tocou de forma gentil sua mão.

— Por favor, sevgilim. — Ilgaz a abraçou forte.

— Quero ir para casa, eu não estou me sentindo bem.   — Ceylin falou baixinho contra o peito de Ilgaz.

...

Ilgaz parou o carro em frente a casa deles e Ceylin saiu apressada na frente, passou por Metin e deu um sorriso fraco para o sogro, subindo as escadas apressadamente.

— O que aconteceu com ela, filho? — Metin apontou na direção de Ceylin

— Não sei, Baba — Ilgaz respondeu um pouco tenso — Na verdade talvez possa me ajudar — Teve essa ideia ao lembrar que por circunstâncias conhecidas, seu pai ajudou a família de Ceylin no período que ela esteve na faculdade — Quando teve o incidente envolvendo a prisão do Zafer, Ceylin ainda estava na faculdade, preciso que me ajude a descobrir o que aconteceu com ela nessa época.

Metin foi pego de surpresa com a solicitação do filho e o encarou com firmeza.

— O que você quer com isso, Ilgaz?

— Ceylin está me escondendo algo e não vai compartilhar, temo que seja grave — Parecia preocupado e colocou sua mão no ombro do pai — Por favor, já falei com Eren, seria importante que também me ajudasse com isso.

— Tudo bem, filho — Metin deu um tapinha no braço de Ilgaz — Farei isso.

— Talvez se forçar sua mente se lembre de algo envolvendo Ceylin e possa seguir nessa linha para investigação — Deixou o pai e seguiu para casa.

— Filho? — Metin o chamou quando já estava aos pés da escada, fazendo Ilgaz parar — Realmente deseja mexer com isso agora? Em alguns momentos, o passado deve ficar no passado.

— Baba, algo aconteceu e Ömer está usando isso para aterrorizar Ceylin. — Ilgaz apoiava-se no corrimão — Não posso permitir que esse crápula haja dessa forma.

...

Assim que entrou em casa, Ilgaz ouviu a ducha do banheiro e foi em direção ao som, confrontaria novamente Ceylin. Deu 2 toques suaves na porta, avisando que estava ali para que ela não se assustarem, e enfiou a cabeça pela abertura.

— Como está se sentindo?

— Bem — Ceylin estalou a língua ao responder, dando de ombros em seguida.

— Vou preparar algo para comermos, qualquer coisa me chama, ok?

Antes que Ilgaz saísse, Ceylin o chamou e ele foi até perto dela. Tomada por uma impulsividade ela o puxou com roupa e tudo para baixo do chuveiro, enlaçou suas pernas ao redor da cintura dele e o beijou com urgência.

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