Oktoberfest

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A verdade é que eu não tenho o MÍNIMO de auto controle e só iria ficar em paz depois que postasse esse capítulo.

Tunda de laço = Uma surra bem dada.

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Rio Grande do Sul usou toda pose que tinha para não demonstrar o quanto estava em pânico, o homem basicamente correu para dentro da caminhonete e apoiou a cabeça no volante. Ele era burro, muito, muito, muito burro de ouvir os conselhos do Brasil. O chefe não passava de um idiota apaixonado, óbvio que ele não conseguiria ajudar o gaúcho, afinal ele não...

O loiro tirou a cabeça do volante e se jogou contra o banco, pegou o chapéu e cobriu a cara que tinha certeza que estava vermelha.

Ele também era um idiota apaixonado.

O gaúcho dirigiu até em casa tentando colocar todos os pensamentos no lugar, mas era difícil organizar aquela bagunça sentimental. Assim que chegou foi até o banheiro e encarou o próprio reflexo, se viu descabelado e vermelho, o rosto estava patético, parecia que tinha passado um furacão por cima dele.

No caso um furacão chamado Paraná.

O problema é que apesar dos pesares o que ele mais queria era voltar e beijar aquele piá de novo, mas beijar de verdade, queria ficar tanto tempo com a boca colada com a dele que até faltaria ar no cérebro. Ao imaginar a cena e mentalizar os próprios desejos uma onda elétrica percorreu o corpo do loiro e ele se viu ficando vermelho novamente. Que patético, ele parecia um adolescente apaixonado.

O sulista ligou a torneira, encheu as mãos de água e jogou tudo no rosto.

"Reage homem!"

Ele sabia que se quisesse ter aquele filhotinho de rato para ele, e ele queria MUITO, não poderia ficar em pânico com os próprios pensamentos, se alguém ali iria fazer alguma coisa tinha de ser ele, por que se dependesse do Paraná...

Por um segundo lhe ocorreu que o paranaense não fazia nada por que não estava interessado, ele mal viu qual foi a reação depois do beijo, o outro podia apenas ter ficado assustado, mas o gaúcho se lembrou do rosto de porcelana manchado de vermelho, ele TINHA que estar interessado, por que Rio Grande do Sul tinha certeza que faria tudo no mundo por aquele guri, e ele pensou em um jeito de deixar isso claro.

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Paraná não dormiu nem por um segundo aquela noite, depois de terminar tudo que tinha de fazer tomou banho e ficou com os olhos estralados encarando o teto. Tudo ficava passando e passando em looping na cabeça, mas não era um looping organizado, estava mais para um furacão e terremoto somados a um tsunami.

Ele colocou o travesseiro na cara e gritou o mais alto que conseguia, depois de ficar ofegante olhou para caminha ao lado onde Naná dormia totalmente alheia ao caos que habitava no coração do moreno.

"Sortuda"

As cinco da manhã em ponto uma buzina conhecida soou.

"O inferno começou"

Paraná se levantou, colocou a roupa que a amiga tinha costurado com tanto carinho, verificou se a capivara teria comida e água o suficiente para passar o dia sozinha, se abaixou e deu um beijinho no roedor.

- Você bem que podia ir no meu lugar filha...

Outra buzinada soou o que fez o moreno cair de bunda no chão.

- Não vou conseguir fugir mesmo...

Ele se levantou, pegou as duas peças de roupa que tinha de levar e foi em direção a caminhonete, cada passo que se aproximava sentia um martelar forte no peito, o maldito sol nem tinha acordado ainda e ele já estava parecendo que iria morrer. Quando finalmente entrou no veículo não olhou diretamente para o motorista.

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