5° Capítulo

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Continuação...

Ludmilla: Calma vai ficar tudo bem - Eu fiz uma massagem na barriga dela.

Brunna: Tá passando mais! - A Daiane chegou com a água.

Ludmilla: Onde está doendo? - Ela apontou e eu joguei a água em cima - Passou mais?

Brunna: Sim, aliviou muito! Muito obrigada! - Ela sorriu pra mim e não posso negar, o sorriso dela era lindo.

Ludmilla: Toma cuidado, esse povo é perigoso, se proteja. - Falei preocupada.

Brunna: Eu vou sim, pode deixar!

Ludmilla: Precisamos voltar ao restaurante, largamos tudo lá!

Jasmine: Quero não, quero ficar com a Tia Buna! - Fez um bicão e Cruzou os braços.

Ludmilla: Precisamos almoçar filha!

Jasmine: Não quero, eu fico aqui, protegendo a Tia Buna! - Ela continuou como tava.

Eu estou achando estranho e incrível ao mesmo tempo, o apego e cuidado que a Jasmine pegou por uma "estranha"! E minha filha não é tão apegada assim para todo mundo. Ela escolhe a dedo por quem vai se sentir confortável.

Ludmilla: Vamos filha, depois voltamos aqui! - Ela relutou, mas aceitou.

Jasmine: Eu volto tá, Tia Buna? Me espera aqui! - Ela concordou e a Jas foi abraçar ela.

Voltamos para o restaurante e os pratos já estava posto na mesa. Começamos a comer, porém percebir que a Jasmine não tocou na comida.

Ludmilla: Filha o que foi? - Perguntei após ver que ela só mexia no prato.

Jasmine: Eu não quero mamãe!

Ludmilla: Como assim filha! É seu prato favorito.

Jasmine: Tá muito frio! - Ela olhou pra mim.

Ludmilla: Eu peço para esquentar então, amor! - Ela concordou, eu chamei o garçom e pedi para ele esquentar um pouco.

Eu e Daiane continuamos a comer.

Daiane: De onde a Jasmine conhece aquela moça? - Perguntou curiosa.

Ludmilla: A Dois dias atrás como você sabe, a Jas se perdeu no parque e quem achou foi ela!

Daiane: Então ela é a moça bonita que a Jas não para de falar?

Ludmilla: Sim! Não sei porque a Jas se apegou tanto a uma pessoa que nunca viu.

Daiane: Eu também não entendi.

O garçom trouxe o prato da Jasmine novamente e coloquei para ela comer, mas a menina simplesmente se levantou, pegou o prato dela e foi em direção a porta!

Ludmilla: Jasmine, para onde você tá indo filha? - Me levantei e fui atrás dela.

Uma moça entrou no restaurante e ela saiu.

Ludmilla: Jasmineee - Chamei e ela me ignorou.

Quando observei, ela tava indo na direção da Brunna e o garçom veio atrás.

Garçom: Moça o prato!

Ludmilla: Deixa Já já eu levo! - Ele concordou.

E eu voltei a olhar Jasmine e isso me deixou passada, eu já imaginei a atitude da minha filha e isso me deixou sem ação. Dito e feito, ela deu o prato de comida a Brunna.

Jasmine: Toma Tia Buna, pra você!

Brunna: Meu amor, não precisa, você trouxe a sua comida pra mim? - A Jasmine concordou e a Brunna olhou pra ela sorrindo. - Não posso aceitar amorzinho.

Jasmine: Aceita Tia, eu como outra coisa! - Eu olhei para Brunna sorrindo.

Ludmilla: Pode pegar! A atitude dela foi linda! - Sorrir novamente!

A Brunna pegou e ficou sorrindo para Jasmine.

Ludmilla: Podemos sentar aqui? Para te fazer companhia?

Brunna: Tem certeza? - Eu concordei.

Ludmilla: Absolutamente! - Eu Sorrir para ela.

A Daiane também chegou e se juntou a nós e a Brunna começou a comer!

Ludmilla: Conta mais sobre você Brunna! Por que veio parar nas ruas?

Brunna: Meus pais me expulsaram de casa, no dia do meu aniversário! para falar a verdade, foi meu pai! Ele não gostava de mim e disse a minha mãe quando eu fizesse 18 anos anos, eu ia sair de casa.

Ludmilla: Você tem apenas 18 anos? - Perguntei surpresa.

Brunna: Não - Ela sorriu - Hoje tenho 21 anos, já vai fazer 4 anos que estou na rua! - Ela sorriu triste.

Ludmilla: Nossa que barra em, deve ser ruim passar dia e noite na rua, sentindo frio e fome! - Lamentei

Brunna: É muito difícil, mas eu vou suportar isso.

Jasmine: Leva a Tia Buna para morar com nós, mamãe! - Eu arregalei os olhos para ela surpresa.

Ludmilla: É.... É filha... - Eu não sabia o que falar.

Brunna: Eu não posso princesa!

Jasmine: Por que não, Tia? - Ela fez um bico.

Brunna: Sua mamãe não me conhece direito e eu já tenho onde morar.

Jasmine: Não tem não, você disse que mola na rua! Vamos levar ela mamãe.

Eu até que queria ajudar, mas eu não conheço bem ela, não sei de onde vem, porque realmente foi expulsa de casa, não sei se ela é de confiança, apesar que ela demonstra muito carinho pela minha filha e não vejo maldade nela! Mas levar ela pra minha casa, assim de cara?

Jasmine: Mamãe, eu tô falando - Fui tirada de transe!

Ludmilla: Oi meu amor?

Jssmine: A tia Buna pode ir pra nossa casa? Passar o dia com a gente.

Ludmilla: A gente pode ver isso com calma, meu amor!

A Brunna tava com um sorriso lindo no rosto e eu me peguei hipnotizada por aquele sorriso, olhei para o lado e a Daiane estava rindo pra mim, sentir minhas bochechas esquentarem.

Daiane: Como você consegue até hoje viver assim, Brunna?

Brunna: É horrível sabe, mas eu não tenho escolha! Quando fui expulsa, foi o pior dia da minha vida! Além de eu ser expulsa no dia do meu aniversário! Eu descobrir que eles não eram meus pais, que eles me sequestraram.

Ludmilla: Como assim? Te roubaram, pra depois de anos te jogar na rua? - Perguntei estranhando.

Brunna: Sim! Isso me deixou destruída! - Ela encheu os olhos de lágrimas - Eu não entendi porque fizeram isso, me tiraram dos meus pais e depois me largar como lixo.

Ludmilla: Eu sinto muito - Fiquei comovida com a história dela.

Brunna: Mas com o tempo eu fui me acostumando com essa vida, não vejo mais meus pais, vi minha "mãe" um dias desse, mas queria não ver - Ela começou a chorar.

Jasmine: Não chora tia - Ela limpou as lágrimas da brunna.

Brunna: Sabia que você me deu um prato com a minha comida favorita? - Eu aregalei os olhos e a Jasmine deu um sorriso com os olhos brilhando para ela.

Jasmine: Sério tia? Sabia que é o meu também?

Brunna: É mesmo? - Fingiu surpresa e sorriu - Temos gosto iguais então!

Ficamos conversando sobre várias coisas e conheci um pouco da Brunna, achei ela sincera e uma pessoa maravilhosa, ela realmente não tem maldade, uma menina um pouco indefesa!

Jasmine: Mamãe a senhora já resolveu, se vai deixar a Tia Buna passar o dia com nós? - Eu olhei para minha filha com uma cara de bunda e a Daiane olhou para mim e deu uma gargalhada.

Uma Nova Chance Para Amar!Onde histórias criam vida. Descubra agora