II

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Michael estava jogado no sofá procurando algo interessante na TV quando seu celular tocou. Por alguns segundos pensou em ignorá-lo. Algo o dizia que era Camila ligando para perguntar se ele jantara ou se não ficara preso na neve. Ou simplesmente se não tinha colocado fogo em casa. Na melhor das hipóteses, ela apenas indagaria se está tudo bem.

Não querendo dar motivos para que a namorada resolvesse voltar mais cedo de viagem – e Deus o livre –, procurou o celular pelas almofadas do sofá. Para sua surpresa e excitação, não era o nome de Camila que piscava, e sim o de Luke.

– Oi, Lukey.

– Olá, Michael.

O colorido instintivamente se ajeitou melhor no sofá e desligou a TV.

– Tudo bem?

– Tudo ótimo. – Luke respondeu do outro lado da linha – Um moreno simpático e baixinho acabou de sair da minha casa. – Continuou – Sabe o que ele me entregou a nome de Michael Clifford?

– O quê? – O ruivo optou por se fazer de inocente.

– Mikey, você sabe muito bem! – Michael quase pode ver Luke rolar os olhos. – Você não precisava ter feito isso...

– É meu presente de natal adiantado, tudo bem?

– Faltam dois dias para o natal, Michael! – O loiro soltou um suspiro. – De qualquer maneira, obrigado.

Michael molhou os lábios com a língua e sorriu.

– De nada.

– Estava pensando... Está ocupado?

– Não, por quê? – O colorido nem pensou antes de responder. Nem na TV havia algo que valesse a pena assistir.

– Já que Camila está viajando, o que acha de cair na balada?

– Mas que belo exemplo o seu. – Disse Michael, sarcástico. – Chamando o namorado de uma amiga sua pra balada...

– Vou cuidar de você, Mikey. – Assumindo um tom mais sério, continuou – Não vou deixar nenhuma garota chegar perto.

– Acho que Camila enlouqueceria se descobrisse algo assim. Ela arranjaria milhões de acidentes que uma balada pode causar.

– Bem, não vou deixar que nada te aconteça. Caso tenha um tiroteio, pulo em frente à bala pra te salvar.

Michael pensou em dizer que ele sim o faria sem pensar duas vezes, mas engoliu as palavras a tempo.

– Passo na sua casa às nove. – Luke soltou uma exclamação satisfeita do outro lado da linha.

– Ah, Michael, eu te amo! Estarei prontinho às oito e meia.

Sorrindo, Michael respondeu: – Até mais, Lukey.

– Até, Mikey.

xxx

Eram exatamente nove horas quando Michael estacionou em frente ao prédio de Luke. O loiro já o esperava. Ele estava vestindo uma calça jeans que moldava com perfeição suas longas pernas, um par de botas de couro e uma camiseta branca e simples. Estava sem casaco. Michael já imaginava isso, portanto trouxera um com ele.

– Então, em qual boate você quer ir? – Michael perguntou assim que Luke entrou no carro.

– Deixo você escolher. – O loiro colocou o cinto de segurança enquanto Michael dava a partida.

– Você sabe que eu não saio à noite pra me divertir a séculos.

– Faz um bom tempo que eu também não. – Luke estalou a língua. – Você decide.

Café e Canela | Two Shot | Muke VersionOnde histórias criam vida. Descubra agora