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Ao ter entrado em casa, Jeno estáva prestes a chamar pelos pais, porém lembrou-se de que seus progenitores não estavam em casa no momento, mesmo habituado com a ausência dos mais velhos, as vezes se esquecia disso, o aroma de comida se espraiava pelos cômodos da casa, provavelmente a cozinheira já havia preparado o almoço do estudante, mas não se apressou em comer ainda, dirigindo seus passos ágeis até o quarto, onde pousou a mochila á um canto frívolo do chão.

Retirou os sapatos que lhe machucavam já o calcanhar, e enquanto o fazia, lutava contra sua mente, em conflito consigo ao permanecer pensando em Jaemin, no momento em que o de cabelos pretos se fisga parado com um dos tênis nas mãos, sacudiu levemente a cabeça, se desprendendo da imagem do sorriso gentil de Na.

- Será que eu estou ficando maluco? - O coreano golpeou levemente a própria testa algumas vezes, tentando "acordar" dos pensamentos que sempre se voltavam nas poucas interações que teve com o acastanhado. - Estou até falando sozinho, cruzes.

Lee retirou de seu closet algumas peças casuais de roupa, todavia simples, então o jovem se trocou, guardando as jóias que usava em uma gaveta própia para guardá-las, calçou suas pantufas e desceu as escadas, percorrendo seus passos até a cozinha, abrindo um sorriso gentil para as duas mulheres em sua frente, sendo elas a cozinheira e sua governanta.

- Olá querido! Como foi o primeiro dia? - Sua tutora indagou puxando uma cadeira para que ele pudesse se sentar, teoricamente interessada em saber como fora o dia do garoto.

- Foi uma loucura, nem te digo, um garoto bateu no meu carro - Lee afirmou tranquilamente, como se não tivesse sido nada demais.

- Como assim? E você diz isso assim tão "de boa" como os jovens da sua idade dizem hoje em dia? - A mulher mais velha questinou em semblante de indignação.

- Senhora Ji-young, não se preocupe, ele se responsabilizou, pedi a ele que me desse carona até que o meu ferrari saísse da oficina - Assegurou o de fios escuros.

- Não não não! Seus pais não vão permitir isso! - Exclamou a mulher sem acreditar no que acabara de ouvir.

- Por isso te peço, tente convencer eles, sim ajumma? - O garoto pediu, juntando suas mãos em forma de suplica.

- E se for um doido varrido que pode te sequestrar e te matar? -A senhora se pronunciou, em sua voz se encontrava uma pitada de medo pelo filho de seus patrões, afinal era responsável por ele.

- Ele não é doido, pelo contrário, a senhora tinha que ver como ele é... agradável, apesar de ter feito um estrago no meu carro, eu gostei dele - Concluiu Jeno, deixando sua tutora desconfiada, rindo de suas sobrancelhas franzidas - O que foi?

- Você falando assim, parece até coisa de filme - A senhora Kim proferiu ainda arisca, pela forma como o menino falava, sempre esteve ao lado de Jeno, e nenhuma vez o ouviu falar de alguém com tanto entusiasmo.

- Sim! A senhora acertou! Ele tinha traços marcantes, lindos e sedosos cabelos castanhos, uma pele macia, olhos cintilantes, cílios volumosos, e principalmente um sorriso vistoso, era como uma composição de  ilustrações expostas em um lindo quadro desenhado, e usava o mesmo perfume que o meu - Lee suspirou profundamente com um sorriso, brevemente se recompondo diante de sua governanta extremamente confusa com sua declaração, que nitidamente revelava uma pessoa apaixonada.

- Para um primeiro dia, foi um dia e tanto, vamos almoçar sim? -Ji-young aguardou que a cozinheira servisse o prato de Jeno e juntou-se a ele para que comessem.

Era um almoço típico, mas Lee adorava, bibimbap, a cozinheira da casa sempre se superava nos pratos que fazia, e seu paladar nunca se encontrava enjoado, poderia repeti-los quantas vezes pudesse.

Drawing My Boy 📚 (Nomin) Onde histórias criam vida. Descubra agora