Fortes são os que vivem

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Choramos tanto nossos mortos, mas quão difícil é viver?

Olhou para mim e disse:
Quão difícil é olhar nos olhos de uma criança faminta, 
Que clama por um pedaço de pão e um vislumbre de esperança?

Quão difícil é ver o segurança do banco em pé, 
Retendo o cochilo depois de trinta e duas horas de trabalho, 
Seu corpo cansado como um guerreiro de batalhas incessantes?

Quão difícil é caminhar pelos corredores dos hospitais, 
Onde idosos, crianças e adultos agonizam de dor e sofrimento, 
Suspiros que ecoam como lamentos de almas perdidas?

Quão difícil é ler as plaquinhas de homens e mulheres no semáforo, 
Clamando por um pouquinho de consternação e compaixão, 
Rostos marcados pela desesperança e pelo tempo cruel?

Quão difícil é viver e enxergar os desafortunados, 
Abrigados nas barracas de papelão, agredidos pela forte chuva, 
Sonhando com um abrigo seguro e um futuro menos sombrio?

Sorriu, 
Olhou nos meus olhos e disse...

Choramos tanto nossos mortos, 
E não será a morte melhor que a agonia da vida?,

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