Capítulo 7

40 3 0
                                    




Em direção ao Campo de Ervas. Pata de Cardeal e Pata de Morcego caminhavam juntos em um silêncio fixo, como se nada houvesse para mencionar ou conversar. A iluminação e calor do sol os abençoava com uma sensação boa, acompanhados com a brisa fresca que inundavam suas narinas com o cheiro da floresta. O ar que enchia seus pulmões, e depois que inspirava para fora. Esse sentimento fazia qualquer um se sentir livre e de bom humor, essa natureza e diversidade que havia pelo território dos clãs.
O rastro de Pata de Gaio realmente parecia os levar até o Campo de Ervas, local onde se encontra uma variedade excepcional de ervas medicinais e frutinhas. Pela explicação de Canção da Noite, aquela área também servia como um bom local de caça. Roedores e pequenas aves formavam ninhos ou esconderijos naquela baixa vegetação, perfeito para qualquer um procurar um aperitivo.


Infelizmente, não foi para isso que os dois saíram do acampamento confortável e pacífico. Havia algo pelo território, guerreiros de outro clã para serem exatos. Um aprendiz passear por ai sozinho era perigoso. Patrulhas sempre verificavam as fronteiras, inclusive, quem liderava era sempre o pai de Pata de Cardeal, que óbvio, tinha um papel importante ao clã - infelizmente, o aprendiz não prestaria muita atenção sobre isso, pois acreditava que era uma responsabilidade alta apenas para chamar mais atenção - Era seu pai. Óbvio que faria algo desse tipo para demonstrar companheirismo e liderança.


"Está perto, mais um pouco e chegaremos ao Campo de Ervas." Pata de Cardeal almejava chegar ao local e dizer que por pura coincidência estava lá para caçar e ajudar Pata de Gaio. Seria meio estranho ter de ficar entre os arbustos e frestas da vegetação para espiona-lo, ao invés de pensar em sua segurança. Essa deveria ser a única falha de seu plano impecável. A barriga de Pata de Cardeal ansiava por comida. Desde que se encontrava na clareira, não tentou satisfazer sua fome com uma mísera presa.
Talvez, caçar não seria uma ideia tão ruim assim, podia pegar seu primeiro camundongo e uivar de celebração. Ele praticava desde filhote sua postura de caça, não era simplesmente uma brincadeira infantil, era sério.


— Ei olá! Pata de Cardeal para realidade! — O quê? Esse miado o tirou de seus pensamentos realmente importantes. Pata de Morcego cutucava o colega para chamar sua atenção e mostrar que haviam chegado ao local desejado. Como de esperado, o local continha uma diversidade de ervas medicinais com uma vegetação rasteira, perfeita ainda para caçar algo e matar a fome do aprendiz. — Então, o que faremos agora? Procuraremos ele ou iremos manter distância? — Mais uma vez Pata de Morcego miou, olhando pelo redor e não encontrando o aprendiz de curandeiro, mas sentindo seu cheiro e de mais nada. Não havia outro cheiro estrangeiro pelo local, especialmente do Clã do Gelo.

Estavam seguros, bem, por enquanto, a não ser que uma patrulha os pegue ou sintam a aproximação de invasores. Por agora, eles precisavam ajudar Pata de Gaio. "Argh...Que fome." Melhor seria comer alguma coisa. Quando a barriga está vazia, a cabeça não pensa direito.


— Vamos seguir ele e ofercer ajuda! Conheço muito bem Pata de Gaio, com certeza ele ficará feliz por receber uma ajuda extra, juntamente com uma excelente companhia. — O sorriso de Pata de Cardeal não enganaria nem um filhote. Pata de Morcego presentia que isso não daria certo, mesmo não sendo tão ligada ao aprendiz de curandeiro. O trabalho foi dado especialmente para Pata de Gaio, como ele reagiria com a presença de dois aprendizes quaisquer para ajuda-lo? Oh, como ela gostaria de ter tido uma ideia melhor do que sair com Pata de Cardeal. — O amigo é seu mesmo... vamos então. — A felídea em sua frase não transmitiu nem um pouco de confiança. Pata de Cardeal mal percebeu essa mudança de humor vindo dela, por estar tão distraído pelo ambiente. Nessa baixa vegetação, alguma presa deveria esta a espreita. Tentando não ser encontrada por seus predadores.



Afundando suas patas na vegetação. Sentia-se agradável por ter suas almofadinhas sobre a pequena vegetação fresca. A atmosfera do ar destacava ainda mais a tranquilidade do ambiente, talvez sair as escondidas não fosse tão ruim, tirando a parte da incapacidade de uma patrulha encontrar os malditos invasores. Pata de Cardeal disparou a frente de Pata de Morcego, onde Pata de Gaio poderia está se escondendo? "Tantas ervas...Ela não são a mesma coisa? Só muda a cor." Pata de Cardeal mal queria imaginar o trabalho de memorizar tudo isso, pois para ele era tudo igual! Miseras coisas verdes com sabores horríveis, capazes de matar alguém por serem tão ruins. Isso foi dito por um ancião do acampamento, que informou sobre uma erva letal para os gatos.


Com a prevenção desses pensamentos novamente, o seu campo de visão percebe algo de diferente a frente. Uma forma rajada que se encontrava em frente a um arbusto com Bagas de Zimbro, a mesma cuidadosamente colocava em sua bolsa de ervas com total concentração. Não tinha dúvidas, obviamente era Pata de Gaio! Claro que ele não iria para outro lugar a não ser esse para resolver seus deveres de aprendiz de curandeiro.
Como ele deveria se aproximar? Dizer um simples "olá" e insinuar que veio ajudar parecia até estranho demais para ele, sem mencionar sobre a presença de Pata de Morcego. Se demorasse tanto, ele já terminaria de colher ás frutinhas e notaria eles com surpresa e incomodo. Pata de Cardeal não gostaria de ficar pensando eternamente, isso nunca foi de sua parte ficar pensando antes de agir. Pata de Cardeal sinalizou com sua cauda para que Pata de Morcego não dissesse ou fizesse nada, inciando passos sutis como cair de uma folha - sua ideia agora era dar um breve susto de surpresa para ele e inventar uma desculpa plausível - Cada vez mais, seus passos ficavam curtos com a distância entre ele e o aprendiz de curandeiro diminuindo; seus olhos rubis estavam fixos em nas costas desprotegidas de Pata de Gaio. Suas patas já formigavam para dar o salto e gritar com surpresa.


Tudo parecia está bem, até algo sair o qual o aprendiz bicolor não esperava. 
— Eu sei que você está atrás de mim, Pata de Cardeal. — Miou Pata de Gaio sem tirar sua atenção das Bagas. Isso deixou Pata de Cardeal mais surpreso do que ele pensava em deixar seu amigo! Por acaso o campo de visão de Pata de Gaio era expandido? Isso não fazia sentido. — COMO VOCÊ ME VIU?! — Miou em tom mais grave, tentando encontrar o erro o qual causou para ter sua presença percebida.

Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Jul 05, 2023 ⏰

Adicione esta história à sua Biblioteca e seja notificado quando novos capítulos chegarem!

Gatos Guerreiros Super Edição - Os Pecados de Pena de CardealOnde histórias criam vida. Descubra agora