Você outra vez?

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Desde já agradeço pela sua atenção e peço, antecipadamente, desculpas por qualquer erro aqui cometido.










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  A noite de sábado passou sem maiores conflitos para o ômega, que pôde descansar o corpo até tarde da manhã seguinte, sendo despertado apenas pela batida de Christa na porta de seu quarto, esta que logo entrou no cômodo e abriu as cortinas, encarando o ômega ao parar de braços cruzados em sua frente.
  Christa fez apenas uma pergunta e saiu assim que obteve a resposta, sem dizer mais nada, apenas fazendo um mínimo balanço de cabeça afirmativo, o que indicava que estava tudo bem e que ela já não estava mais irritada. E assim que saiu do quarto do filho, a alfa seguiu na direção do escritório de Joan e encontrou a ômega sentada na cadeira enquanto lia alguns documentos, então aproximou-se com calma e a abraçou por trás, apoiando o queixo em sua cabeça.

  -Então? Falou com ele? -Joan perguntou sem tirar os olhos dos papéis.
  -Ele disse que usou camisinha. Várias. -Murmurou a contragosto e a rosada subiu uma mão para seus cabelos, bagunçando-os. -Eu sei... Mas ele é rebelde demais e sempre desafia a minha autoridade! Não sei a quem puxou.
  -Ah, não sabe mesmo? -Joan indagou irônica e riu. -Ele é cuspido e escarrado a sua personalidade! -Disse sorridente e Christa estalou a língua, sem poder negar o que a mulher havia dito.
  -Em contrapartida, o Dave tem a sua personalidade. -Murmurou como para igualar a comparação de genes e a ômega sorriu mais, concordando com a cabeça.
  -Mas tem os seus cabelos e os seus olhos.
  -E o Adam os seus.
  -Vamos mesmo ficar comparando tudo? -Joan perguntou com uma risada e a alfa girou a cadeira, deixando a ômega de frente para si.
  -Encerramos aqui se você me der um beijo. -Christa disse com um sorriso de canto e a rosada mordeu o lábio inferior, subindo os braços para o entorno do pescoço da mulher, então a beijou calma e passionalmente.

  Já Adam, após sua mãe sair do quarto, arrastou-se para fora da cama e foi para o banheiro, saindo de lá após realizar sua higiene pessoal e pegando o celular, então desceu para tomar café enquanto respondia as mensagens de Haley e Patrick, além de algumas sobre o trabalho de campo da faculdade com seus colegas de curso.
  Como Dave dormiu até mais tarde naquele dia, Adam pôde aproveitar seu café da manhã atrasado com calma, suspirando aliviado por aquele descanso à mais. "Que bom que eu não era o único com sono atrasado por aqui", o ômega pensou enquanto terminava o café da xícara e relaxou o corpo na cadeira ao pensar no que faria aquela tarde. "Acho que vou dar uma volta no parque para ver se as flores já desabrocharam", decidiu-se após alguns segundos e olhou a hora no celular; era quase meio dia.

  -Melhor me apressar. -Adam disse para si mesmo ao levantar, então começou a ajeitar as coisas que estavam sobre a mesa e, assim que terminou, subiu para seu quarto.

  O ômega pegou uma muda de roupas básica -calça jeans azul escura, camisa preta com apenas o logo da marca na altura da peito e um casaco verde escuro por cima- e logo calçou o tênis preto, pegando o celular e carteira em seguida, então ajeitou rapidamente a mochila com o que precisava e desceu as escadas com certa pressa, pois o carro que havia chamado pelo aplicativo já estava em sua rua. Adam apenas passou pelo portão da residência e o veículo parou, então o ruivo acenou para a motorista e entrou na parte de trás, cumprimentando a mulher enquanto afivelava o cinto. Após realizada a tarefa, o ômega mandou uma mensagem para sua mãe Christa -Joan não olhava muito o celular de casa, menos ainda as mensagens- dizendo que havia saído, mas sem dizer para onde, o que certamente deixaria a alfa incomodada. "Pelo menos eu avisei", Adam pensou ao ler a resposta de sua mãe, esta que reclamou sobre o fato de o ômega não ter dito o local para onde ia, e logo pôs-se a digitar, dizendo que iria no parque. Então, após a troca de mensagens acabar com Christa mandando um "Tenho certeza que você não morreu por ter a consideração de avisar onde está indo", Adam desligou a tela do celular e suspirou, olhando para a janela e pensando que o dia estava bonito.
  Antes de descer do carro quando a mulher estacionou em frente à praça, Adam agradeceu pela corrida e desejou-lhe um bom dia, então abriu a porta e saiu, acenando brevemente com a cabeça antes de seguir caminhando.
  O ômega seguiu com calma até o local que procurava, notando que havia poucas pessoas ali, mesmo para um domingo bonito como aquele, e agradecendo mentalmente pois não gostava de tumulto quando queria relaxar. Contudo, mesmo que tivesse mais pessoas na praça, não seria um completo incômodo ao ruivo visto que o local que gostava e onde estavam as flores que queria ver era o mais isolado, ficando no canto quase inabitado do parque. E assim que chegou, Adam suspirou aliviado por não ver mais ninguém ali, caminhando animadamente na direção do canteiro e abaixando-se para ver melhor as flores. "Eu vim no dia certo", pensou, satisfeito, e sorriu ao notar os botões meio abertos.
  Adam tirou a mochila das costas e pegou um par de luvas, então começou a mexer na terra ao redor das flores, limpando as ervas daninhas do chão para que não atrasassem o desenvolvimento delas, e ficou tão absorto na sua atividade que não percebeu quando alguém aproximou-se, este que tocou em seu ombro com calma, fazendo o ruivo assustar-se e cair para trás, sentado. E quando Adam fixou seus olhos na pessoa que estava ali, notou, para sua surpresa, que era o mesmo homem com o qual havia dormido duas noites atrás.

  -O que... O que faz aqui? -Adam perguntou atônito; não esperava encontrar-se com ele outra vez. O homem apenas sorriu para si e abaixou-se à sua frente.
  -Então é você mesmo. Quando vi os cabelos rosados passando, pensei que pudesse ser você e fiquei curioso. -Mikael disse com o sorriso gentil e apoiou o queixo na mão ao apoiar o cotovelo na perna, inclinando levemente a cabeça para o lado. -Pensei que não ia mais te ver. Você foi embora sem sequer se despedir. -Disse com certa mágoa e o ômega lhe encarou desentendido.
  -Eu tinha coisas para fazer... E não é como se eu tivesse alguma obrigação de me despedir. -Adam falou calmo, mas um pouco atônito sobre o que estava acontecendo, e o moreno sorriu de canto.
  -Ao menos poderia ter me deixado seu número. -Mikael disse e inclinou-se para frente, encarando Adam nos olhos. -Eu nunca tive tanta compatibilidade com alguém como nós tivemos aquela noite, sabe? -Falou baixo e intenso e o ômega engoliu em seco ao sentir o cheiro gostoso de canela e maçã que lentamente se espalhava ao seu redor. -Você sente isso também? Ou estou apenas enganado? -Indagou ao apoiar uma mão no chão e se aproximar mais, tendo o ruivo a encarar-lhe no fundo dos olhos, causando um arrepio em sua coluna.
  -E de que isso importa? Não deveríamos nos ver de novo. Era para ser algo de uma noite. -Adam disse um pouco ríspido, na defensiva, e o moreno subiu a mão esquerda para seu rosto no mesmo momento em que apoiava um joelho no chão, ficando quase em cima do mais novo, tocando-o suavemente e logo descendo para o pescoço, vendo como o ômega se entregava lentamente ao toque.
  -Não parece que seu corpo está satisfeito com algo de apenas uma noite. -Mikael falou um pouco baixo ao aproximar o rosto ao de Adam e completou ainda mais baixo: -Eu sei que o meu não está. Só de sentir seu cheiro agora, meu lobo está completamente enlouquecido. -Sussurrou levemente rouco e Adam sentiu o estômago gelar, juntamente da agitação de seu lobo.

  Adam apenas encarou Mikael por alguns segundos, pensando no que deveria fazer e tentando silenciar seu lobo, o qual estava mais ativo do que o normal pois este geralmente ficava adormecido e quase não se manifestava -exceto quando o ruivo estava com os nervos à flor da pele ou no cio-, mas sem sucesso em nenhuma das tarefas. O ômega sentia-se estranhamente atraído para o alfa, engolindo o próprio orgulho ao admitir para si que até estava contente por terem se encontrado outra vez. Mas por mais que Adam tentasse divagar, Mikael estava cada vez mais próximo e isso tirava toda a concentração que o ruivo poderia ter.

  -Adam. -O moreno chamou baixo e o ômega quase deixou escapar um resmungo, apertando a grama abaixo de seus dedos e mordendo a própria língua. -Eu quero te conhecer. Não quero que tenha sido algo de uma noite. Essa é a primeira vez que sinto algo assim. -Disse baixo e gentil e sorriu suave, notando a incerteza no olhar do ruivo. -O que me diz?
  -Eu... -Adam murmurou, então fechou a boca e engoliu a saliva acumulada, calando a ansiedade que tentava se alastrar por seu corpo e mudando o olhar duvidoso para um convicto. -Tudo bem. Também tenho interesse em saber porque com você é diferente. -Disse, por fim, e sorriu fino, arrancando um sorriso contente de Mikael também.















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Novamente agradeço pela sua atenção e peço desculpas por qualquer erro aqui cometido.

Um encontro, um destino - OmegaverseOnde histórias criam vida. Descubra agora