Capítulo 1 - Cadê o Brasil?

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"TODOS OS ESTADOS DEVEM COMPARECER AO DISTRITO FEDERAL COM EXTREMA URGÊNCIA. QUALQUER OUTRO ASSUNTO DEVERÁ SER ADIADO OU RESOLVIDO POR PESSOAL COMPETENTE."

Os celulares de vinte e seis pessoas vibraram ao mesmo tempo. Os mais novos achando estranho, os mais velhos ficando alarmados. Era raro, raríssimo – IMPOSSÍVEL – que uma reunião com aquela magnitude de urgência fosse marcada. Um pensamento temeroso passava pela cabeça de alguns – guerra. E todos se afobaram para pegar o primeiro avião para se encontrar com Brasília.

Rio fazia um pouco de algazarra com alguns Estados do Nordeste, mas até mesmo ele ficou em silêncio ao entrar na sala de reuniões na ala dos Estados no Palácio da Alvorada – Brasília estava sozinha na ponta da mesa e com uma cara péssima.

A porta foi fechada quando o último Estado passou por ela e todos tomaram seus assentos.

— Cadê o Brasil? – perguntou Rio, olhando pela porta de vidro a prova de som, esperando o patrão chegar com seu sorriso malandro.

— Ele é justamente o que precisamos discutir. – respondeu a Capital. As madeixas sempre arrumadas de Brasília em um coque elegante, tinha fios soltos e sob seus olhos com marcas vermelhas de quem havia chorado, pousavam olheiras de quem não dormia há muitas horas. – A reunião de hoje deve ficar exclusivamente entre nós, ninguém mais deve saber o que dissermos aqui. Nem familiares, nem secretários, absolutamente ninguém! Isto é segredo de Estado! – a mulher tinha um ar ligeiramente desvairado e todos trocavam olhares apreensivos. – Jurem. – ela levou o punho fechado acima do coração. – Ou ficar a Pátria livre... – ela olhou para todos na grande mesa, enquanto os outros repetiam o gesto.

— Ou morrer pelo Brasil. – as vozes em uníssono soaram tensas.

— Agora desembucha, mulher, que foi que aconteceu? – perguntou Bahia, aflita com as mãos no colo.

Brasília respirou fundo antes de responder:

O Brasil desapareceu.

Um segundo de silêncio foi feito antes de que um alvoroço se formasse e muitos fizessem várias perguntas ao mesmo tempo, e depois que a pobre Capital respondeu tudo o que sabia, eles discutiram o que deveria ser feito.

Todos os Estados se uniriam em uma força-tarefa para descobrir o paradeiro de seu representante, se revezando em pequenos grupos, usando as habilidades e capacidades que cada um possuía para continuar gerindo o país e encontrá-lo. A população não deveria ser informada ainda, muito menos outros países. Infelizmente, sem um representante reconhecido por outras nações no comando, o país ficava vulnerável a biopirataria, tráfico de armas, drogas e outras coisas ilegais. Ficavam vulneráveis até mesmo entre seu próprio povo, na exploração do ouro, desmatamento e entre uma infinidade de problemas, o mais preocupante: invasão de outros países.

— Até lá agiremos como se nada tivesse mudado. Para todos os efeitos, Brasil não está passando bem e está isolado em sua residência sob orientação médica.

Brasília parecia mais confiante agora, mas seus olhos diziam o contrário e seu coração batia fraco no peito. Ao perceber isso, Amazonas, uma mulher indígena, disse para a moça de maneira reconforte:

— Não chore por ele, ao invés disso, tenha esperança. – os olhos castanhos escuros dela eram penetrantes e sua voz era a de alguém que conhecia a vida. – Luciano é mais do que apenas um homem, ele é parte do Brasil, é um homem do nosso povo e um guerreiro como todos nós.

E aquelas palavras entraram nos corações de todos ali, os munindo de determinação.


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É a minha primeira vez escrevendo no fandom, espero que fique legal. Só pra dar uma luz, a intenção é escrever uma one-shot (que podem acabar virando two-shots se o capítulo ficar longo demais) para cada ship.

Essa fic vai ser bem light, fluffy com pimenta cof-cof... e o primeiro ship é dos roceiros da vez <3

Como é que se diz Eu te amoOnde histórias criam vida. Descubra agora