Eu não aceito o destino dela

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Eu tenho uma tia irmã que o nome não é Claudia, mas a chamamos de Guí.

Do que eu lembro, ela sempre foi ovelha negra. Metida a briguenta, a farreira e a rapariga fogosa.
Sempre pensei que ela seria uma cachaceira e festeira, nunca a imaginei doente.

Doente emocionalmente e fisicamente.
Os diagnóstico são os mais feios: depressão,  ansiedade,  síndrome do pânico,  fibromialgia.

Parece doença desde o casco da cabeça sensível, como sempre foi, até na perna (de quando ela se jogou de propósito na frente do carro). (Isso dá outro escrito)

Ela não essa pessoa feia que você está imaginando. Ela é legal demais, divertida,  rir da doença dela e das dos outros.

Ela sempre foi uma montanha russa, então não é de admirar a mudança de humor repentina.
Sempre foi brutalmente incubada.

Mas vejo um problema, ela não sai de médico e cada dia mais aparece um CID diferente. E se ela continuar a ir nesses médicos, ela vai ter CID até do CIDI MOREIRA.

A sociedade hoje patologiza tudo, sociedade patológica essa louca que temos.

Eu digo a ela todo dia... Futuramente não te vejo doente. Eu não aceito uma mulher que adoecia os homens de paixão, agora morrer de doença.

Nós (eu e ela) já sabemos a essência do problema.
O problema é o coração.
O problema é ainda a prisão emocional e psicológica que ainda não conseguiu se desviar.
Mas um dia, o dia chega. E magicamente isso vai ficar no passado.

Meu conselho: melhorar a alimentação,  BEBER ÁGUA, uma atividade física,  cuidar do emocional e dos CIDS. Quem sabe eles não somem.

Melhor uma dieta do que um remédio.
Melhor a solidão do que a presença que sufoca.

Esse escrito errante é meio sombrio.
É para minha eterna Guí.

Te amo.
Te liberta.
Voe borboleta.

Sempre estarei aqui para rimos na cara da doença e do diabo.

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⏰ Last updated: Mar 23 ⏰

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