𝐈𝐕 ᨒ O Início

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Dumbledore queria conversar consigo sobre a missão.
[...]

Pôde sentir seu pomo de Adão subir e descer. Estava torcendo para ser uma saída demorada de Albus, na qual ele demoraria no mínimo um dia para voltar. Mas ele voltou no mesmo dia, por que Sirius tinha de ser tão azarado?!

Bom, o que lhe restava era aceitar o destino. Se despediu dos amigos — iria perguntar sobre como Lily reagiu ao poema depois — e pôs-se em rumo, novamente, ao escritório do chefe daquele lugar.

A escada velha de madeira rangia, anunciando sua subida para o dono da sala, essa que se encontrava logo no final do corredor. Em passos lentos, se aproximou do lugar; era de certo modo, assustador. Entrou na sala cuja a porta estava aberta, procurando pelo dono da conhecida barba branca, o que não foi muito difícil. Dumbledore o esperava em pé próximo à mesa.

Tentando ignorar a tensão que sentia, foi até o velhinho, que o recebeu com um de seus típicos sorrisos calorosos — mas que nunca era possível saber as reais intenções por trás deles.

— Sirius. Que bom que veio, sente-se, imagino que já tenha uma ideia de sobre o que quero falar. — sua voz era calma, mas aquilo com certeza não faria Sirius se sentir mais tranquilo. Aquele tom que mais o assustava.

— É sobre a missão, não? — perguntou enquanto se sentava na mesma cadeira que esteve anteriormente quando recebeu aquela maldita missão.

Seu pensamento é bom, garoto. — elogiou. — Gostaria que me contasse melhor como aconteceu.

— Foi exatamente como escrevi na carta. — deu de ombros. — Não tinha ninguém lá, talvez ele soubesse que eu iria.

— Criatura esperta. — pensou alto, Sirius teve de segurar um suspiro de alívio ao ver que a mentira havia colado bem.

— Aqui diz que você observou a casa e os arredores durante a noite toda, não havia nada? — continuou Dumbledore lendo o pedaço de papel em sua mão.

— Nadica de nada.

— Entendo, bem, talvez devêssemos mandar uma equipe maior na próxima, afinal... — começou Dumbledore em uma linha de raciocínio, quando foi interrompido bruscamente por Sirius.

— Não!- Quero dizer... Eu quero tentar achar esse lobisomem e matá-lo, não posso permitir que ele tenha me enganado desse jeito. — disse Sirius convicto, o silêncio do outro o fazia ficar tenso.

— Creio que tendo uma equipe maior teremos mais chances, você poderá estar na equipe. — insistiu, depois de analisar o pedido do caçador.

Merda, Sirius, pensou, ele vai descobrir se você continuar assim, mas se tiver mais gente só vai piorar!

Me dê a chance de tentar de novo, por favor!- Esse foi o meu primeiro lobisomem e fracassei, quero compensar. — disse firme, esperava que o outro pensasse que era só seu "típico temperamento de Black" entrando em ação.

— Pois bem, — suspirou — posso te dar mais uma chance, na próxima Lua Cheia.

— Obrigado, diretor.

— Isso incluirá fazer as pesquisas necessárias para descobrir onde ele está. — Agora a fala saía de forma séria da boca de Dumbledore; aquele velho em geral dava medo em Sirius.

Era bondoso, mas assustava, — não mais que seus pais ou os zumbis — algum dia iria descobrir todo esse mistério que era escondido por trás daquela aparência cansada.

— Certo. — Concordou, afastando seus pensamentos.

— Bem. — sua face pareceu suavizar novamente — Então não vejo porquê negar tal missão.

The Hunter And The Prey (wolfstar)Onde histórias criam vida. Descubra agora