"A ESPERANÇA É A PRIMEIRA QUE MORRE"

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A noite estava escura e silenciosa no Vilarejo de Salém. O vento soprava, fazendo as árvores se curvarem e o som das folhas ao baterem uma nas outras parecia um coro macabro. O fogo das tochas que iluminavam as ruas já havia se apagado há alguns minutos, mas o Pastor Tom ainda estava acordado, sentado em sua cadeira, cercado por livros antigos e velas acesas.

Ele estava preocupado com a situação que o vilarejo estava passando. As pessoas estavam cada vez mais assustadas e acreditando em coisas sobrenaturais. Eles estavam cometendo atos terríveis em nome da "justiça divina", executando pessoas inocentes acusadas de bruxaria.

Tom sabia que não poderia fazer nada para mudar a situação sozinho. Ele precisava da ajuda de Deus e dos seus fiéis para restaurar a paz e trazer a verdade à tona. Ele levantou-se e orou, pedindo que Deus guiasse seus passos e ajudasse a acabar com a histeria que havia tomado conta do povo de Salém.

Enquanto isso, ao longe, no topo de uma colina, o jovem Demon observava o vilarejo. Ele estava preocupado com a sua mãe Margareth, uma conhecida curandeira que foi acusada de bruxaria pelos moradores da cidade. Ele sabia que ela era inocente, mas não tinha como provar a sua inocência. A única coisa que podia fazer era esperar por uma intervenção divina.

O vento começou a soprar mais forte e Demon sentiu uma presença estranha ao seu redor. Ele pôde sentir uma energia negativa que não gostou. Um grupo de pessoas estava se aproximando, com tochas acesas e vestidos com roupas escuras, como se fossem parte de algum ritual.

"O que eles estão fazendo?", Demon se perguntou.

Ele desceu a colina, tentando se aproximar do grupo, mas mantendo uma distância segura para não ser notado. Ele sabia que coisas terríveis poderiam acontecer se fosse descoberto.

O grupo parou em frente à casa de sua mãe, onde foi acusada de praticar bruxaria. Eles começaram a quebrar as janelas e a gritar coisas horríveis. Demon ficou desesperado, mas não podia fazer nada.

Ele pensou em correr para a cidade e chamar Pastor Tom, mas sabia que seria inútil. As pessoas já estavam cegas pela sua paranoia e não acreditariam na inocência de sua mãe.

Enquanto isso, Tom havia terminado suas orações e se preparava para dormir quando ouviu gritos e barulhos de vidros quebrando. Ele correu até a janela e viu o grupo em frente à casa de Margareth.

__Meu Deus, não!, ele exclamou, sabendo o que era.

Ele vestiu-se rapidamente e correu para a rua, tentando se aproximar do grupo. Ele sabia que precisava agir rápido para impedir o pior.

Ao chegar lá, ele viu a mobília de Margareth sendo jogada no fogo. O grupo estava em um frenesi, gritando coisas obscuras e acusando a curandeira de pactuar com o diabo.

__O que está acontecendo aqui?, Tom gritou, tentando se fazer ouvir acima do barulho.

Os membros do grupo se viraram para ele, com ódio nos olhos.

__Esse é o pastor! Ele é cúmplice da bruxaria!, um deles gritou.

Tom sabia que a situação estava fora de controle. Ele tentou argumentar, mas as pessoas estavam iradas e não o ouviam.

De repente, uma figura estranha apareceu no meio da multidão. Era Demon.

__O que está acontecendo aqui?", ele perguntou, com a voz rouca.

Os membros do grupo recuaram.. Tom aproveitou a oportunidade para se aproximar do fogo e tentar salvar os objetos que ainda estavam inteiros.

Enquanto o pastor trabalhava para salvar o que ainda era possível, Demon encarava as pessoas no meio da rua.

Os membros do grupo ficaram com medo e se dispersaram em diferentes direções. Demon soltou um suspiro de alívio. Ele sabia que sua mãe ainda estava em perigo e que não podia voltar para sua casa.

Tom conseguiu salvar alguns objetos e juntos, ele e Demon saíram do vilarejo. Eles não tinham para onde ir, mas sabiam que a manhã traria uma luz sobre a verdade.

__Não podemos continuar vivendo assim, Tom disse, em voz baixa. __A verdade precisa ser exposta, os inocentes precisam ser protegidos. precisamos de uma luz nesse vilarejo.

__Mas como fazer isso? As pessoas estão cegas pelo medo, Demon disse, desanimado. "Eles não querem ouvir a verdade

"Eu sei", Tom respondeu. "Mas sempre há esperança. E a esperança é a primeira que morre.

Eles passaram a noite nas sombras, tentando proteger-se e ainda assim vigiando o movimento dos que ainda vagavam pelo vilarejo de Salém. Era mais do que um reflexo de uma civilização do passado. Era um retrato da ignorância e do radicalismo, que eventualmente levaria a sociedade de crenças a um abismo.

Amanhã seria um novo dia e eles esperavam estar mais perto de encontrar uma solução para seus problemas. A esperança era a única coisa que os mantinha fortes em meio à escuridão que cercava seus corações.

Na mesma noite, Demon tem um pesadelo com uma bruxa, ela disse que irá se vingar o que Salém fez com as irmãs dela. Trazendo as suas irmãs de volta dos mortos e trazendo a destruição de Salém.

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