Vazio

Ato I- capítulo IV

Caminhei até o local aonde havia o sangue tremendo, oq realmente teria acontecido naquele lugar? o desespero era visível em meu olhar enquanto analisava tudo em questão a procura da onde poderia ter surgido aquilo.C omo se uma lâmpada acende em minhbeça começo a procurar Bob pela dificuldade arrepcasa rezando para um deus que eu não acreditava que meu gato estivesse, caminhei escada abaixo chamando por Bob, sem nenhuma resposta até ouvir barulho de chave.

— Oh, já chegou? — o olhar de ironia em sua cara me irritava, mas minha prioridade no momento era Bob então apenas acenti

— Sabes aonde estaria Bob? — engoli um seco em minha garganta evitando mostrar essa fraqueza para Miranda não se aproveitar disso

— Sim, meu atual veio aqui em casa hoje e uma hora ele disse que iria ao banheiro mas estava demorando dms, quando fui ver ele estava espancando o Bob — a simplicidade em sua frase me machucava — Eu expulsei ele daqui é levei Bob para um veterinário.

Minha expressão automaticamente mudou, com medo e recuando pude finalmente ver a caixa de transporte de Bob em sua mão esquerda enquanto em sua direita estava uma sacola e a chave.

— Essa sacola seria exatamente oq?— arrisquei perguntar com medo

— Remédios recitados ao Bob, ele está bem aliás

— Certo

Observei Miranda colocar a caixa de transporte no chão e quando aberta Bob saiu tremendo logo ronronando em minha perna, meu alívio instantâneo foi tão grande que acho que acabei deixando escapar uma fraqueza provavelmente me me arrependeria disso mais tarde.

— Eu não sou um monstro para machucar seu gato ou usá-lo como forma de fazer você ficar aqui — ao perceber essas palavras minha cara se tranquilizou com as fortes palavras, deixei um sorriso escapar pois estava realmente feliz sobre isso

— Obrigado — disse baixo, não acho que Miranda ouviu pois saiu do cômodo um pouco antes de eu terminar meu agradecimento.

Suspirei sabendo que isso foi só um acaso e não devia me acostumar mesmo que tivesse sido muito gentil isso ainda tenho que manter minha guarda, com isso em minha mente pego Bob em meu colo com muito cuidado para não machuca-ló e comecei a acariciar ele enquanto subia subindo para meu quarto. Ouvi um barulho de gritaria da cozinha, provavelmente Miranda estava brigando com alguém pelo telefone então não dei a mínima importância sobre isso, continuei meu caminho para meu quarto enquanto confortava Bob sobre ele ficar melhor logo, o colocando com cuidado no chão assim que adentrei o quarto fechando a porta atrás de mim.

O quarto estava uma bagunça é teria que arrumar de novo, então decidi começar logo isso para poder descansar, comecei recolhendo as coisas pelo chão e guardando em seus respectivos lugares, roupas em cima da cama no guarda roupa e roupas pelo chão para lavar, meus cadernos e materiais escolares em cima de minha mesa para quando precisar estudar, arrumando meu abajur e fotos que tinha em cima da mesa, arrumei também o cantinho de Bob para o mesmo poder descansar pois achava muito difícil ele poder dormir comigo na cama nesse estado. Assim que terminei sorri por ter consigo lembrando do sangue no meio do meu quarto, fui ao banheiro e peguei uma roupa suja molhando um pouco e peguei alguns produtos de limpeza que tem em meu banheiro, voltei ao quarto e apliquei o produto de limpeza diretamente na mancha de sangue enquanto limpava com a roupa senti Bob se aproximar e sorri o acariciando em resposta.

Sorri ao perceber que pelo menos Bob não se machucou tanto e com esses pensamentos um mar de pensamentos negativos tomou conta de minha mente começando apenas com "e se"

" — E se Miranda não tivesse feito nada? Bob estaria morto agora?"

" — Se eu tivesse voltado e trancado a porta de meu quarto Bob não teria sido espancado"

"— Miranda realmente teve impatia ou se medo de denunciarem ela?"

"— Eu devia confiar nela?"

"— Mas se o namorado de Miranda estava aqui, ela não revirou meu quarto, já que nunca faz isso na presença de terceiros.Então ele mexeu em meu quarto..."

"— Miranda contou a ele que eu guardo dinheiro em meu quarto para poder ir embora quando chegar meu aniversário?..."

Finalmente parei quando percebi que minha cabeça latejava de tanto pensar mesmo após um dia exaustivo, rendida ao sono.Peguei um comprimido em minha mesa e tomei sem água pois estava muito cansada para isso, guardando a caixa de comprimido caminhei até minha cama um pouco sonolenta e me sentei olhando ao redor desejando que o dia a seguir seja melhor, finalmente rendida ao sono me deitei na cama e me deixei descansar como recompensa pelo dia estressante.

[...]     

𓂃𓄼 ˖ ݁ ⭒⇝Miranda𓂃𓄼 ˖ ݁ ⭒⇝.

          Me sentei na cadeira da cozinha, obviamente teria ouvido o agradecimento do mesmo, mas não poderia fazer mais isso pois machucaria muito. Suspirei quando ouvi passos em direção a escada, provavelmente iria arrumar seu quarto e dormir um pouco então dei a mínima importância sobre isso, abaixei a cabeça tentando descansar um pouco a terrível enxaqueca que tinha no momento.Mas meu doce momento de paz acabou quando recebi uma ligação, olhei de relance ao celular e apenas vi o número suspirei já sabendo quem seria.

— Como está meu filho?

— Ela está bem

— Desculpe? Eu tenho um filhO não uma filhA

— Ela é trans, você sabe muito bem disso Gabriel

— E eu já disse que não aceito isso, se meu filho quiser morar aqui terá que ser igual homem

— Eu realmente não sei pq ainda tento conversar com você sobre isso

— Miranda, meu filho sabe que já estamos ciente dessa doença dele?

— Isso não e uma doença, é não, ela não sabe

— Óbvio que é uma doença, isso e falta de surra

Suspirei cansada daquela conversa que já tive pelo menos umas 9 vezes somente naquela semana, isso já me desgastou tanto

— Porra Gabriel, respeita a porra da sua filha, ela só quer isso. — levantei meu tom de voz obviamente cansada daquele assunto

— Se meu filho continuar com essa ideia, ele não é meu filho. Pois irei tirar meu nome de sua certidão

Não respondi, não tinha mais paciência para discutir aquilo.

— Sua máscara de cobra é a pior, não sei como Mark consegue te achar um bom pai

— Você é agressiva com ele

— Como forma de proteger ela

— Isso é proteção? — a risada irônica do mesmo podia ser escutada a quilômetros

— Eu sei que não é o melhor dos métodos, mas quero tirar ela de perto de você, seu monstro.

Desliguei a chamada antes que o mesmo pudesse responder e assim me manteria no telefone por mais tempo discutindo sobre isso, soltei meu celular em qualquer lugar e levantei procurando mistura para cozinhar o almoço, mesmo sabendo que comeria sozinha.