Capítulo 9 - Madison

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Eu sempre me perguntei, se as pessoas nascem más ou apenas um dia decidem ser más?

Era a pergunta que eu estava me perguntando dias atrás, Theo sempre foi assim? Ou a vida o fez assim?

Seis dias atrás, chegamos a casa e eu não tive nenhum tipo de contato com ele, foi como se, depois de Paris, ele me suportasse cada vez menos.

E eu não sabia se era eu e meu medo que o evitamos, ou foi ele quem fez isso por causa de seu ódio contra mim.

Um ódio sem explicação, um ódio que não fazia sentido.

Eu só sabia que ele chegava tarde, por volta das onze horas da noite, cansado com um humor de merda e se fechava diretamente no seu quarto, depois se levantava às seis da manhã, ia se exercitar e uma hora depois já estava fora de casa, certamente no escritório dele.

Acordo com a luz da manhã entrando no meu quarto, e tento esconder meu rosto no travesseiro, mas a luz lá fora, é demasiado forte, acabo saindo da cama, vou ao banheiro escovo meus dentes, decidida em visitar minha tia.

Assim que desço as escadas, encontro Theo digitando algo no celular, ele para de andar assim que nota minha presença

-Onde você vai? -Pergunta indiferente, enquanto pega sua pasta no sofá.

--Não que isso te interesse, mas vou visitar minha tia - Não entendo porque tenho de dar satisfações para ele.

--Você não vai a lugar nenhum, está proibida de sair-

Como?

Não, eu acho que não escutei bem.

Nervosa, cai na gargalhada, mas ele está me olhando sério

-Do que você ri garota?- Ele diz enquanto caminha na direção da porta.

--Não, você só pode estar brincando comigo, é claro que vou sair, eu trabalho, você não é meu dono, se quer ser dono de algo, então compre um cão - Eu cuspo essas palavras com toda a minha raiva

--Por acaso, estou com cara de quem precisa de um cão quando tenho uma cadela diante de mim? -Ele diz com um tom de voz arrogante que quase me da vómitos.

Eu dou passos furiosos até ele, e antes que minha mão estale no seu rosto, ele consegue segurar meu pulso no ar.

- Acho que a cadela precisa ser treinada. Ele cospe desdenhoso, seu olhar zombeteiro.

Eu me afasto de seu toque, e lhe dou um olhar furioso.

---Foda-se a cadela seu maldito. Vamos ver, se eu não vou sair- Eu o enfrento com toda a calma, mas no fundo de mim eu quero matá-lo.

Ele joga um sorriso arrepiante

- Seja uma cadela obediente e talvez eu compre uma coleira para você sair comigo na rua - A ironia no seu tom, saindo porta fora, me deixando com a palavra na boca, fumegando de ódio.

O maldito me compara com uma cadela?

Mas que foda doentia ele é?

Ele que coloque a coleira no meio do cu....

Eu espero uns cinco minutos, então pego minha bolsa, mas quando coloco um pé fora, eu me deparo com cinco seguranças trogloditas na porta

Eu tento ignorar sua presença, enquanto caminho para o elevador, mas um deles, me agarra por trás e me coloca de volta na casa

-Eu lamento, mas nós temos ordens para não deixar a menina sair-

--Me solte, vocês não podem me manter presa. Rosno enquanto lanço um forte pontapé nos joelhos do rapaz, mas ele nem geme de dor, é imortal por acaso?

Malvado - O perigo de amarOnde histórias criam vida. Descubra agora