Capítulo I

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Aqui veio o primeiro cap da ficcc heheheh

Eu espero que você gostem 🥹🤍

Talvez saia cap de contrato de madrugada, estou corrigindo o cap.

É isso gente. Boa leitura e até às notas finais ❤️
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Em quase três anos, nada havia mudado. Soraya vivia uma vida sozinha e monótona.

Sua vida amorosa nem existia, quase ninguém se atrevia a se aproximar e aos poucos que ainda tentavam, não obtiam respostas.

Os dias ainda lhe eram dolorosos, não havia aprendido a conviver com a dor, quando a saudade apertava mesmo no fim do dia, tudo o que podia fazer era chorar e dormir até o dia seguinte.

Onde levantaria e iria ao trabalho, como todos os outros dias. Nada de diversão, ou passeios para distrair á mente.

César havia conhecido uma mulher, que parecia ser incrível e ela realmente estava feliz por ele. Ele merecia ser feliz, ter uma família, já que havia destruído a que tinha por um descuido.

Se sentia culpada, não merecia ser feliz depois do que aconteceu com seu filho, era injusto ela ainda estar ali, tendo a chance de aproveitar e ele não.

Suspirou fundo, levantando-se da cama. Seus olhos inchados pelo choro da noite passada, seu corpo ainda estava exausto.

Tomou um banho demorado com água fria. Pegou um copo de chá e sentou-se no sofá, mantendo seu olhar em um ponto fixo qualquer da sala.

As olheiras por baixo de seus olhos estavam escuras, no dia seguinte, fariam três anos da morte do filho e seis dias depois, seria seu aniversário.

Nunca conseguia dormir bem no mês de marco, a dor parecia ser ainda pior. Observou o relógio, vendo-o marcar cinco e quartenta e foi ao andar de cima.

Passou pelo quarto, que antes costumava ser de seu filho e soltou um suspiro. Sentia tanta saudade, que lhe sufocava. Saudades de te-lo lhe chamando a cada minuto, saudades de como os abraços acolhedores dele lhe protegiam.

Saudade de ouvir a palavra "mãe" ser destinada a ela. Uma lágrima solitária escorreu, limpou rapidamente e apressou seus passos até o seu quarto.

Se afogava em trabalho, não queria ter tempo livre pois eles só eram preenchidos pela saudade. Ao ajeitar seus fios loiros, pegou seu casaco, seguiu até o escritório que tinha em casa, pegando alguns casos que tinha e sentou-se para estuda-los.

Por outro lado, Simone estava sentada á mesa e tomava seu café silenciosamente junto ás duas filhas. Eduardo reclamava no telefone e ao desligar o aparelho, sentou-se e começou a comer.

— Pai, no sábado vai ter minha apresentação de ballet.- Contou com um sorriso, tendo a atenção do homem que deixou uma expressão culpada tomar conta.

— Me desculpe querida, não poderei ir.- Disse, vendo o sorriso que antes estampava o rosto da mais nova, sumir.— Eu, infelizmente, estarei em uma reunião durante o dia e não sei se posso fugir a tempo.

— Ah, tudo bem.- Foi a única coisa que disse, antes de voltar sua atenção ao seu prato.

Fernanda levantou-se, sem ao menos ter terminado de comer e saiu dali pegando sua bolsa sob o sofá.

— Direto para casa depois da escola.- Disse Eduardo, firmemente.

— Você nem vai saber mesmo.- Fernanda debochou em alto e bom som, tendo um sorriso incrédulo do pai antes de sair dali, batendo a porta.

Colors (Simoraya)Onde histórias criam vida. Descubra agora