Capítulo 11

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Alice

Meu rosto estava queimando por conta dos raios de luz , abri meus olhos e enxerguei minha moto refletir o brilho do sol e na outra faixa vi alguns carros em alta velocidade. Enfiei minha cabeça onde eu pudesse me esconder do sol , escutei uma risada baixa , era Charlie, também consegui escutar uma mulher explicando algum assunto,  olhei para o painel e vi o celular de Charlie apoiado em um suporte , ele estava assistindo uma aula sobre educação emocional. Senti uma mão do loiro no meu cabelo e outra em minha coxa.

Estávamos deitados dentro do carro enrolados em um lençol branco , eu já havia visto esse lençol,  ele estava dobrado na noite anterior em cima do painel.

—–Bom dia Alice dormiu bem?

Charlie beijou minha testa enquanto acariciava minhas costas.

—–Bom dia , melhor impossível.

Havia percebido que eu estava em cima de Charlie com meu rosto em seu  pescoço , uma das minhas mãos estava em sua nuca e a outra em suas costas. Estávamos somente de roupas íntimas , querendo ou não eu sentia uma forte atração sentimental.

—–Que bom , estava te esperando para irmos para casa.

—–Mas já? Eu queria ficar um pouco mais , não aguento mais aquele lugar , sempre que percebo alguém está brigando , não aguento sabe? Estou cansada disso.

Me sentei e ele colocou suas mãos em minha cintura , ele respirou fundo e sorriu.

—–O que acha de irmos almoçar em um restaurante aqui perto?

O rapaz ligou meu celular mostrando as mensagens que recebi a noite e a manhã inteira.

—–Pode ser , não quero ficar lá , prefiro não escutar eles por algumas horas.

—–Então vamos, vista suas roupas.

Assenti e me levantei saindo do carro apenas de calcinha e sutiã  , vesti meu vestido vendo-o se levantar e colocar sua camisa.

—–Espero que eles ainda tenham o frango que eu adoro —Charlie segurou minha cintura me puxando para perto de si.

Peguei meu celular e liguei para um funcionário da agência e pedi para que ele fosse até o local enviado buscar minha moto. Trinta minutos passaram e ele chegou de táxi, entreguei vinte dólares para o rapaz e ele pegou as chaves da moto subindo nela. Sabia que ele levaria minha moto para minha casa , pois eu confiava nele.

Entrei no carro e Charlie o ligou dando partida. Ele começou a dirigir chegando em um restaurante após uns vinte minutos. Saí do carro e observei Charlie entregando a chave para um atendente que estava do lado de fora.
Entramos e em poucos minutos já haviam arrumado uma mesa para nós já que eu era uma modelo famosa e o Charlie um empresário de sucesso. Sentamos e eu não pude deixar de notar o quão lindo era aquele lugar,  era um restaurante com vinte mesas , todas estavam com um pano vermelho escuro , a iluminação era baixa dando um tom com as velas em cima das mesas , as cadeiras eram de carvalho americano com um assento acolchoado cor vinho , a parede tinha um papel vermelho neutro com molduras douradas. O garçom se aproximou quando sentamos , ele ligou o aparelho em cima da mesa , aquilo era o cardápio digital , ele olhou para nós e sorriu simpático.

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