My Little Radish

My Little Radish - 002

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Wei passou toda a manhã ansioso sem nem mesmo saber porque. Ele estava tão preocupado com seu precioso A-Yuan, sabendo que teria que conversar com seu pai, que sentiu frio na barriga durante todo o dia. Ele teve um conversa rápida com seu pequeno rabanete, porque sim, ele era seu, já estava no seu coração e nada mudaria isso, e a dolorosa impressão de que ele não queria que seu pai soubesse o que estava acontecendo o deixou angustiado. Mas ele deixou claro como agua, ele não iria a lugar nenhum, ele cuidaria dele com todo carinho e mostraria ao seu pai que ali ainda era um lugar seguro para ele estar.  

Na sua cabeça, estava tudo organizado, ele participaria da reunião com os pais daqueles que causaram dor menininho deles (porque Yuan ja era de Wei tanto quanto de seu pai), Wei elencaria todos os acontecimentos, depois as providencias que foram tomadas e depois se colocaria como guardião oficial de A-Yuan ali na escola, e seu pai perceberia que a politica ante bulling era levada muito a sério, e tudo teria sido perfeito, se não fosse o fato de que, quando ouviu batidas na porta e olhou na direção da entrada da sua sala, se deparasse com os olhos, daquele que o impediu de cair de cara no chão, e com quem ele vinha sonhando quase todas as noites. 

Como o destino poderia ser mais sacana, o mostrando que o pai do seu rabanete era aquele... aquele... aquele homem lindo, que mais parecia uma pintura, com traços fortes, uma boca carnuda e... é claro que tudo que ele sabia de si é que era que ser mais estabanado que tropeçava nos próprios pés. Wei ficou ali, olhando para ele, que estava com os olhos levemente arregalados, mas prestava atenção no pequeno ser humaninho que praticamente se fundia ao seu braço. 

Wei sentiu A-Yuan gelar assim que viu sem pai, mas afagou suas costas de leve, passando um pouco de conforto, sem tirar os olhos daquela escultura que caminhava pra perto do dois. Homens bonitos são sempre um colírio para os olhos, mas ali, naquele momento, onde Wei mal respirava, sentiu que talvez não conseguiria ser muito objetivo, mas ele precisava defender seu rabanete, custe o que custasse.

(...)

Lan Wangji avistou os olhos lindos do professor, ainda surpreso por ele ser ninguém mais ninguém menos do que aquele homem. Sua boca mexeu em um leve sorriso, mas vendo A-Yuan se segurar nas pernas do professor, deu um suspiro e já sabia que havia algo errado. Entrou na sala e fechou a porta, se aproximando deles e sentando na cadeira do lado dos dois.

— A-Yuan, meu filho, vem aqui? — chamou calmamente, e quando A-Yuan se aproximou, ele depositou um pequeno beijo na testa do menino. — O que está acontecendo? — perguntou querendo uma resposta direta, colocando o menino em seu colo.

— Boa Tarde Senhor Lan, eu sou Wei Ying, professor de A-Yuan, e tivemos um pequeno contratempo. Aparentemente alguns alunos disseram coisas desagradáveis ao nosso pequeno - disse Wei sem nem mesmo se dar conta que, além de dizer seu nome de nascimento, tratava o pequeno como se fosse dele também.

— Eu estava pensando sobre isso a manhã inteira. Bom, antes de tudo, obrigada por me chamar até aqui e é um prazer enorme conhecer você. A-Yuan me contou sobre você, obrigada por cuidar dele. — finalmente o olhou fixamente, era impressionante como o olhar de Wei Ying chamava a atenção do Lan, e a maneira como retribuía esse olhar, tornava tudo mais interessante.

— A-Yuan não me conta as coisas, por mais que já tenhamos conversado sobre isso. Você pode me contar o que aconteceu? E o que fizeram quanto a isso?

— Bom, o senhor sabe que crianças são cruéis as vezes, mas que também são um reflexo do que veem em casa. Alguns coleguinhas do nosso rabanete aqui, quiseram usar o fato dele viver apenas com o pai para machuca-lo. - Wei Ying respira fundo e olha Lan nos olhos e continua - Eles disseram que nosso pequeno não era bom o bastante por não ter uma mãe, e acredito que citaram o seu "segredo" como um motivo de vergonha.