𝗥eza a lenda que houve um tempo em que os seres humanos foram totalmente consumidos pela sede de poder, e o caos se alastrava por toda a Terra enquanto líderes egoístas tomavam cargos importantes, prontos para dizimar uma população inteira em busca...
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Passaram-se alguns minutos ou horas até que um dos homens apareceu. Ele não parecia bruto nem arisco, mas tinha um ar amigável e a expressão preocupada de um antigo amigo. Ele não chegou muito perto, apenas a cumprimentou e sorriu complacente.
- Park Dohee... certo?
A dona do nome assentiu, ainda ressentida.
- Me chamo Lee Yongbok, mas pode me chamar de Felix. Te fizemos esperar muito?
Mais uma vez ela respondeu acenando com a cabeça na negativa, apenas por educação levantou-se e pôs as mãos na frente de seu corpo.
- Bom te conhecer, Felix. Fico feliz de não ter me puxado pelo pulso ou não ter me impedido de sair da sala.
Ela finalmente diz com certa mágoa na voz. O rapaz não deve ter percebido pois riu soprado e aproximou-se mais alguns passos.
- Não. Mas vou servir de guia pra você! Entendo que está confusa e quer ir embora, mas por favor me dê uma chance de te convencer a ficar mais um pouco.
Seu tom era tranquilo e o rapaz era muito afável. Seu sorriso parecia iluminar o cômodo e todas as suas palavras pareciam convencer Dohee á acompanhá-lo. Aquilo era estranho.
Ela assentiu e o loiro com um ar simpático a chamou para ir junto com ele ao acenar de leve com a cabeça. Os dois puseram-se a andar e á cada porta por qual passavam ele explicava o que era feito ali como se fosse um guia turístico ou coisa parecida. A propriedade era bem grande, mas a garota ainda não entendia o motivo de tudo aquilo. Parecia uma espécie de centro de treinamento, mas não já havia um no centro da vila?
Aquelas pessoas pareciam querer se esconder por alguma razão.
- É enorme, eu sei. Já me perdi muito por aqui, mas é mais fácil quando você se localiza pela árvore.
Ele indicou a planta ao centro do pátio que a moça já tinha visto ao chegar. O humor dela estava bem melhor e a raiva que inflamava seu interior era deixada de lado aos poucos.
- É literalmente o centro de tudo?
- É sim. Linda, não acha? Fica particularmente mais bonita na primavera e inverno, você vai ver.
A Park sorria sem mostrar os dentes, sempre se sentiu mais conectada á natureza e estar no meio dela a deixava mais tranquila. Naquele momento as folhagens que preenchiam a copa da árvore estavam em um tom forte de verde, enchiam o olhar de quem parava para ver.
