Existem idiotas para tudo.

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Nesse momento eu estou sentada no refeitório.

E oque fizer das aulas? Elas foram... cansativas...?

Bom, a questão é, que o professor de química é horrível, o de matemática é legal, e o de filosofia é louco.

Cheryl sentou ao meu lado na sala, e o professor de química disse que faríamos todos os trabalhos com quem sentou ao seu lado, tipo uma dupla fixa, oque é legal, já que não conheço ninguém daqui.

Avisto Cheryl sentando sozinha em uma mesa afastada de todos, eu quero muito me aproximar dessa garota, e talvez eu esteja sendo enxerida mas foda-se, me levantei pegando a bandeja e me dirigindo até ela.

- Oi. - Ela me olha e abre um pequeno sorriso, ela parecia estar chateada. - Posso me sentar aqui? - Ela apenas balança a cabeça.

Eu sento a sua frente e ela continua a comer seu sanduíche, completamente calada, oque me deixa incomodada.

- Aconteceu algo? - Eu pergunto preocupada vendo ela engolir o seco. - Olha Cheryl, eu sei que acabamos de nós conhecer, mas você pode confiar em mim, ok? Eu jamais contaria a alguém, ou zombaria de você, eu só quero amizades, ser nova na cidade não é algo fácil, por mas que eu esteja acostumada. - Falo olhando em seus olhos.

- O, Reggie, el- - E quando eu menos espero, um copo de café, não tão quente é derramado não só em mim como em Cheryl também.

Um cara muito alto com cabelos castanhos e uma jaqueta preta e tatuagem de uma... serpente...? Eu acho que é, derramou café em Cheryl.

Me virei para trás a tempo de ver o asiático de mais cedo com um copo de café em mãos, ele avia jogado em mim.

- Ops, desculpa amiga da esquisitona. - Fala rindo debochado.

Me levanto sentindo meu sangue ferver.

Uma coisa sobre mim, eu tenho problemas com raiva, desde os meus dez anos meus pais sabem mas não se importam. Eu quebrei o nariz de um garoto da minha sala em uma antiga escola. Meus pais apenas falaram para eu contar ate dez que solucionaria meu problema ou...quase.

Eu não me lembro de muita coisa desde me levantar da cadeira do refeitório. Eu me lembro de acertar o primeiro soco no estômago do garoto, com o impacto ele caiu, e eu subi em cima dele desferindo diversos socos.

Mãos suaves seguraram meu braço na intenção de impedir mais um soco, o perfume característico de cereja que tinha virado meu cheiro favorito desde de que eu cheguei nesse lugar, e a voz suave que no momento soava desesperada soou pelo local, eu parei de socar o garoto e olhei para Cheryl ao meu lado, e depois para o garoto com sangue no nariz, o que eu fiz.

- E-eu sinto muito. - Falei para Cheryl enquanto corria para o banheiro afim de me afastar antes de fazer mal a Cheryl.

Entrei com tudo no banheiro que por sorte estava vazio. Uma dor invadiu meus punhos.

- Merda. - Murmurei para mim mesma.

Em seguida a porta se abre revelando uma Cheryl ofegante.

Eu só consegui abaixar minha cabeça, tamanha era minha vergonha, no primeiro dia de aula e eu consigo socar alguém e deixar as pessoas com medo de mim.

- Finalmente, aí está você. - Fala chegando perto mas eu recuo. - Ei, tá tudo bem, deixa eu ver? - Ela fala se referindo ao meu punho que pingava sangue.

Ainda olhando para baixo estendo meu punho para ela.

Sinto seu toque suave em meu braço o erguendo um pouco.

- Eu acho que tem que fazer um curativo. - Ela murmura pensativa, e eu continuo imóvel e calada. - Já sei. - Ela fala soltando meu braço e mexendo na bolsa e logo pegando novamente meu braço. - Isso vai doer um pouco. - Sem nem ao menos me deixar responder ela liga a torneira colocando minha mão no jato de água.

Sinto minha mão arder com a água batendo na ferida me fazendo resmungar e gemer de dor.

- Já vai acabar, só mais um pouquinho. - Fala fazendo um carinho em minha cabeça que estava apoiada no balcão tentando conter a dor.

Logo ela tira uma das minhas mãos e coloca a outra, fazendo eu novamente me contorcer.

Ela logo tira novamente minha mão da água e passa um pano branco na minha mão para secar.

- Você tem sorte que eu sempre trago uma roupa extra. - Fala sorrindo fraco.

- Eu sinto muito. - Sussurro.

- Por que? Ele merece, só não comemoro porque machucou sua mão. - Fala ainda secando cuidadosamente minhas mãos.

- Eu devo ter te assustado, eu vi seus olhos, Cheryl, eu sou uma idiota, me desculpa. - Falo sentindo um bolo se formar em minha garganta fazendo com que uma lágrima escorresse.

Eu odiava assustar as pessoas, só me fazia ver que eu realmente não mereço ninguém, e que eu me tornei como meu pai, eu odiava quando meu pai gritava comigo, eu sabia o quanto ele era violento, e a quantidade de vezes que provei de sua violência.

- Hey, olha para mim. - Ela fala erguendo meu queixo. - Eu não estou com medo de você, Toni, não se sinta culpada por algo que não foi você que provocou. - Fala limpando minhas lágrimas e fazendo um carinho em minha bochecha.

Eu apenas concordo com a cabeça e vejo ela enfaixando minha mão com o pano.

- Você ainda tá suja de café. - Falo vendo suas roupas e seu cabelo.

- Tudo bem, eu vou falar pro Weatherbee me dá algum uniforme. - Fala dando de ombros enfaixando meu outro punho.

- Obrigada por isso, Cher. - Falo sorrindo ao ver ela dando um pequeno beijo em meu punho machucado.

Vejo ela corar e da um pequeno sorriso que ela tenta conter mordendo os lábios.

- De nada. - Ela fala sorrindo.

Depois disso eu escuto meu nome no alto falante da escola, e o inferno só começa.

Espero que eles não chamem meus pais, não quero me ferrar tanto a esse nível.

- Eu preciso ir, tchau, Cher. - Falo dando um beijo em sua bochecha e saindo rumo a diretoria.

Eu só espero que o asiático mimado tenha levado no mínimo oito pontos, e que aquele rosto feio esteja roxo, aí sim vai valer apena o esporro que vou tomar.

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