Silêncio e Lágrimas

Capítulo 11: Eu não me importo com o que isso me custa

Já se passaram meses desde que Draco fez uma aparição pública. Se não fosse por Scorpius, ele não estaria fazendo um agora, mas Draco entendeu a necessidade de proteger a herança de Scorpius, o que, por sua vez, significava proteger seus interesses comerciais. Infelizmente, isso exigiu que ele fizesse algumas aparições públicas.

Draco achou fácil encontrar um encontro. A personalidade de empresário de sucesso significava que ele precisava de um encontro e havia vários debutantes de sangue puro que se apresentavam uma potencial amante da Mansão Malfoy. Tudo o que ele precisava era de alguém que parecesse bem e não fosse tão estúpido a sosse envergonhá-lo. Assim, combinado com uma data apropriada, foi um relutante Draco Malfoy que entrou no Ministério da Magia para o baile de lembrança anual. No entanto, tudo o que Draco conseguia pensar era se ela estaria lá?

Draco se vestiu com cuidado excepcional, renunciando ao seu preto habitual por um azul da meia-noite que seu alfaiate garantiu que o lisonjeou melhor. Draco sabia que ele estava sendo um tolo. Hermione deixou seus desejos mais do que claros, mas Draco não pôde evitar, ele não pôde deixar de esperar. Ela havia atravessado os cacos do coração dele quando saiu naquele dia, ainda assim seu amor por ela não morreria. Ele era um tolo, mas enquanto vivia e respirava, tinha certeza de que sempre a iria querer.

Quando ela entrou no salão de baile, um único par de olhos cinzas de tempestade eram tudo o que Hermione procurava. Muitos olhos se voltaram para admirá-la, a heroína da guerra, a garota dourada, mas havia apenas a admiração de uma pessoa que ela realmente queria, mesmo sabendo que estava errado. Hermione sabia que nunca mais poderia estar com Draco, mas ela ainda estava com o toque dele. Embora tivessem passado meses, o sangue dela ainda corria mais rápido ao pensar no toque dele. A memória de sua respiração enquanto passava pela pele dela a atormentou. Tanto acordando quanto dormindo, ele ainda possuía seus pensamentos, mas tudo o que ela tinha agora era uma amargura, amargura que o destino permitiu que ela provasse brevemente sua doçura apenas para tirá-la.

Draco a observou do outro lado do salão de baile. A doce Salzaar era linda. Ela estava vestida com um vestido de pescoço halter verde de caçador. Draco se sentiu como Tântalo provocado por um vislumbre do que ele nunca foi capaz de tocar. Ele sabia a curva da coluna dela, ele a acariciou. Bile levantou-se em sua garganta ao pensar que ela era proibida para ele mais uma vez, que tal prazer estava perdido para ele. Ainda a masculinidade de Draco cheia de luxúria ao pensar nela. Ajustando suas vestes, para esconder sua reação, ele se afastou, não mais capaz de suportar o tormento.

Afastando-se dos refrescos, ele foi arrancado de seu devaneio por um pouco de fofocas;

"Ela vai se divorciar dele, eles dizem."

"Eu ouvi dizer que há outro homem."

"Não, é outra mulher", corrigiu a fofoca.

"Não definitivamente um homem. Ouvi de uma amiga, que ouviu de alguém que estava lá, que ela participou de um jantar como o parceiro de Draco Malfoy."

"De jeito nenhum!"

"Eu sei, você pode imaginar, que ridículo. Ele nunca se rebaixaria e, além disso, parece já ter seguido em frente. Você viu a loira..."

Draco havia desajustado, me 'despojeiado', Draco contemplou incrédulo, ela nunca poderia me desabaixar, mas ele sabia que não poderia defendê-la não aqui, que só alimentaria a fofoca.

De repente, a noite parecia muito sem graça. Draco havia feito sua aparição, cumprido suas obrigações sociais, era hora de se assustar. Seu encontro havia desaparecido e Draco decidiu sair antes que os inevitáveis escavadores de ouro começassem a circular como carniça. Ele mal conseguiu as desculpas necessárias antes de sair do salão de baile e ir para as lareiras.

-o0o-

Hermione viu sua distinta cabeça loira do outro lado do salão de baile, ele parecia magnífico e ela notou com pesar que ele estava com outra mulher. Ele tinha seguido em frente, ao que parece. Hermione queria gritar com ele enquanto a deusa de olhos verdes levantava a cabeça, mas ela sabia que não tinha direito. Ele tinha feito o que ela tinha dito que esperava que ele fizesse.

Ela tentou colocar um rosto corajoso, socializar, mas uma noite ruim só piorou. Hermione branqueou enquanto registrava as fofocas invasoras que se apertavam ao seu redor.

"Não, ela não estava se divorciando, sim, Ron estava bem." Ela afastou as perguntas intrusivas como um batedor em dificuldades no vinco, desesperado para defender os pedaços de sua privacidade. Então ela viu a cadela Skeeter fazendo seu caminho em direção a ela, citações rápidas pena na mão. Essa foi a deixa de Hermione para vencer um retiro apressado.

Emergindo nos corredores mal iluminados onde as lareiras estavam abertas para os convidados entrar e sair Hermione congelou. Seu cabelo loiro gelado, um farol na sombra, Draco Malfoy ficou diante dela. A boca de Hermione secou. Ele abriu a boca, como se quisesse dizer algo, mas depois fechou novamente e se virou para sair.

Ela não podia deixá-lo ir!

"Você está bem?" Ela desabafou. Ele parou e se virou para conhecê-la.

"Sim, e você?" Ele respondeu formalmente.

"Assim como pode ser esperado", ela não se atreveu a expressar, mas seu significado era claro, assim como pode ser esperado sem você.

"Hermione", ele começou, dando um passo vacilante em direção a ela. Ele nunca terminou outras vozes, passos e risos se aproximaram.

Houve tanto pathos naquele momento quando ele parou de perceber que era tarde demais. Ele não poderia se aproximar dela agora, eles seriam vistos. Ele se virou para voltar em direção à lareira.

Enquanto os festeiros da festa encurralam a esquina, Hermione tomou uma decisão de mudança de vida. Ela não podia deixá-lo sair, Hermione não podia mais suportar a separação deles. Ela desistiria de tudo se fosse o caso. Sua casa, seu trabalho, sua posição na sociedade, ela não se importava!

"Draco", ela o chamou desesperadamente.

Ele fez uma pausa, mas não se virou e Hermione correu para alcançá-lo antes que ele desaparecesse.

"Draco", ela repetiu tão silenciosamente que ninguém mais ouviria. "Eu não posso fazer isso." Ela contou a ele em um eco das palavras fatídicas que havia proferiu meses antes. Draco endureceu, como se a frase estivesse gravada em seu cérebro. Ele não respondeu. "Eu não me importo com o que isso me custa", ela disse a ele.

Draco estendeu a mão para trás e pegou a mão dela na dele e a puxou para dentro da lareira com ele anunciando com precisão;

"Malfoy Manor."