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Duas semanas. Duas semanas haviam se passado desde o dia em que o coração de Jungkook parecia ter se despedaço bem ali na sua frente. Ele conseguia ver quem havia aprendido a amar saindo pela porta, saindo da sua vida, e isso havia o abalado muito mais do que qualquer um imaginara. Para ele, essas duas semanas pareciam duas vezes uma eternidade.

E, então, 1 mês. Quatro semanas passaram como se cada dia esperasse pacientemente que ele sofresse um pouco mais, como se não fosse o suficiente, como se estivesse sendo castigado pelo destino e pelo seu próprio alfa por ter afastado o ômega de si. Tal ômega que não saia da sua mente, não importava o que ele fizesse. Todas as noites, sonhos e pesadelos com ele.

Sua rotina não havia mudado. Casa, faculdade, trabalho, casa. Acorda, come, dorme, faz suas necessidades, cumprimenta os pais, dorme. Apesar da mesma rotina, agora ele fazia tudo no automático, com uma expressão vazia, todos haviam percebido. Seu brilho no olhar havia sumido desde então, o deixando com um aspecto cinza, sem vida. Nem Hoseok ele respondia direito.

Namjoon e Seokjin estavam extremamente preocupados, não sabiam mais o que fazer, e parecia que Jungkook não queria a ajuda deles ou de ninguém. Seus pais mal aguentavam entrar em seu quarto, empestado por seus feromônios muito mais intensos do que antes, fazendo até mesmo seu Appa achar um pouco sufocante.

Seu Omma, por outro lado, também tinha uma outra preocupação nas mãos. Taehyung não saia mais de casa. Desde 1 mês atrás, o ômega havia pedido licença na empresa para trabalhar no escritório de casa, de home office, e não via mais ninguém. Seokjin não sabia do seu estado, mas soube por alguns maus bocados que Tae passou, já que ainda trocavam mensagens.

Dois dias depois do ocorrido na casa deles, Taehyung havia entrado no cio — instigado pelo recente acontecimento, pensava ele —, que durou por mais sete dias. Ao longo de toda a semana, ele chorava, se tocava e gritava por Jungkook, o alfa a todo instante em seus pensamentos. Taehyung estava uma bagunça, e a sua casa estava ainda pior. Enquanto em heat, ele não deixava a sua cama, e o nome de Jungkook saia naturalmente da sua boca.

Jimin não sabia responder a Jin o que estava acontecendo, visto que Taehyung não queria que ninguém chegasse perto de si, ao menos até ele se recompor — pensava ele, que esse dia iria chegar, por mais que já tivesse se passado 1 mês e ele ficando cada vez pior.

Então, cansado de tudo isso, Seokjin estava decidido a tomar uma atitude e fazer alguma coisa. Não aguentava mais ver filho e amigo assim, eles não mereciam isso — e Jin sabia bem o que eles mereciam, do que eles precisavam. Pegou suas coisas, avisou a Namjoon o que faria, pedindo ao alfa que ficasse de olho no filhote deles, e assim saiu de casa.

O apartamento de Taehyung não era em um bairro tão longe dali, então ele conseguiu chegar lá em poucos minutos. Não tinha portaria, era um prédio pequeno porém lindo de dois andares com casas conjugadas, então seria fácil de entrar sem ser percebido. O que ele próprio percebeu, no entanto, não o agradou.

Antes mesmo de chegar na frente da porta de Taehyung, Jin conseguia sentir o seu cheiro azedo pairando no ar, indo até o corredor. Ele suspirou e apressou os passos. Nada conseguia se ouvir de dentro do apartamento. Era um domingo, eles não estavam trabalhando, então Taehyung também poderia não estar em casa.

A quem ele estava querendo enganar? Era óbvio que Taehyung estava em casa. Com os pensamentos rodando feito turbina, Jin bateu à porta incansavelmente, pois sabia que se batesse levemente ou desistisse, o ômega mais novo não iria recebê-lo. Dito e feito, 7 minutos depois de intervalo de batidas, já que a mão cansava, ouviu passos.

— O quê?! — Jin ouviu baixo.

— Tae. — chamou. — Sou eu. — esperou. — Me deixa entrar, por favor. — ouve uma longa pausa até obter uma resposta.

Soft | TAEKOOKOnde histórias criam vida. Descubra agora