One

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Rebecca's Pov

Primeiro de tudo, antes de começar a contar a minha triste ou maravilhosa experiência, deixa eu me apresentar. Muito prazer, Rebecca Patricia Armstrong, para os mais íntimos Becky, 30 anos de pura gostosura, também de muitos perrengues e o principal, muita seca.

Mais um dia começava no qual eu teria que enfrentar o cara mais persuasivo e egocêntrico que eu já havia visto em toda a minha vida. Eu definitivamente vou me arrepender pro resto da minha vida em ter aceitado trabalhar nesse caso, eu juro que é a primeira e a última vez que aceito trabalhar em processo de divórcio, aliás, nem sei porque do nada tive essa brilhante ideia, talvez tenha sido a minha seca, não conformada em não ter alguém há mais de 6 meses, fui inventar de acabar com relacionamentos alheios, e no fim quem me ferrou fui eu, é uma merda mesmo.

— Bom dia, Rebecca — Escuto a voz de Evan assim que piso em meu escritório. Eu entendo a mulher dele em querer se separar, que cara insuportável

— Olá Evan, está tudo bem? O que faz aqui tão cedo? — Respondo forçando um sorriso

Qual é? Assim que encerrar este caso, vou colocar uma plaquinha com a foto dele escrita "Entrada proibida"

— Estou bem, só vim saber se você já tem tudo em mãos para a audiência de mais tarde, então? — Questiona com aquela cara de cínico que eu tinha vontade de esmagar com um taco de beisebol toda vez que ele respirava

Mas que merda de pergunta foi essa? Como se eu não soubesse das minhas responsabilidades, afinal, a advogada ali era eu

— Tenho sim Evan, pode ficar tranquilo, aliás, por que você não desce e não toma um café, hm?

— Mas, eu- — Tenta protestar

— Não, deixe disso, pode ir que eu me organizo por aqui ok, obrigada querido, até mais — Digo quase chutando ele para fora de minha sala

E pela primeira vez naquele dia eu tive paz. Pelo menos por alguns minutos, mas ainda sim, paz, só eu, meu café e meus donuts, já que acordei com a minha vizinha gritando e eu não quero nem saber o motivo, mas porra, 7 horas da manhã??? Enquanto uns têm muito, outros não têm nada, o mundo é muito injusto mesmo

E lá estava eu, ao lado daquele mala indo a caminho do Tribunal onde iria ocorrer a primeira audiência do primeiro e último maldito divórcio em que eu iria trabalhar

Começando em...3...2...1...

— Culpa minha uma espinóia seu patife — Gritava a futura ex-mulher de Evan

É, eles dois se mereciam

— Culpa sua sim, eu disse para você que o arroz é por cima do feijão

Sim, eles estavam se SEPARANDO por causa disso

Era um casal de brasileiros que morava ali há mais de 10 anos e sim, esse com certeza é o tipo de coisa que faria um casal se separar no Brasil, com TODA a certeza

Morei um tempo lá e confesso que foi uma das melhores experiências que eu já tive em toda a minha vida, as pessoas, os lugares, os costumes, é tudo muito diferente do que eu estava acostumada, sou completamente apaixonada pelo idioma apesar de não entender quase nada e principalmente pelo sotaque, PUTA MERDA. O tempo que eu fiquei lá foi o suficiente para ficar sabendo sobre coisas desse tipo.

Mas o que estava segurando o meu surto ali era a imagem da advogada da mulher ou ex, agora já nem sabia mais, de Evan. Que mulher era aquela? E a pose plena dela no meio daquela algazarra a deixava ainda mais sexy, diversas vezes nossos olhares se encontraram, mas ela sempre desviava ou olhava rapidamente e logo depois sorria de canto olhando para outra direção

Seria facilmente manipulada por ela.

— Silêncio no tribunal! — Ordena o Juíz responsável — As advogadas, por favor — Nos levantamos ao mesmo tempo

— Meu cliente deseja estabelecer um acordo, fazendo com que fique justo para os dois, nada mais, nada menos para nenhum dos lados

— A minha cliente só irá assinar esse acordo com uma condição — diz a outra advogada

— E qual seria essa condição? — Digo colocando as mãos na mesa e me inclinando fazendo contato visual com ela e sinto a mesma engolir em seco com o gesto

— Você terá que admitir que o arroz sempre irá por baixo do feijão — a mulher diz se levantando e apontando o dedo na cara de Evan

— JA-MAIS — O idiota irracional grita

E assim se encerrou a cerimônia, pois o patife se "recusou a permanecer no mesmo recinto que aquela mulherzinha". MEU DEUS! Onde é que eu fui me meter?

— Que fiasco, não? — Ouço aquela voz, a mesma de mais cedo e todos os pelos do meu corpo imediatamente se arrepiam

— Pois é — Digo me virando para ela — Qual o seu nome?

— Sarocha. Sarocha Chankimha. Bem, vou indo. Ah, e esse caso, já é meu — Disse saindo e me dando uma piscadinha sarcástica em um tom grosseiro

Confesso que aquilo fez meu sangue ferver e pegar um pouquinho de ranço em segundos. Mas se ela quer assim, assim será. O meu interesse? Foi por água abaixo assim que percebi sua soberba.

Se antes eu estava querendo largar este caso, agora o que eu mais almejava era dar tudo de mim nele, usar todos os anos que eu passei com a bunda sentada naquela cadeira como nunca havia usado em toda a minha vida, agora era a minha hora de brilhar e ninguém ia ofuscar o meu brilho, muito menos uma novatinha soberba que se acha a última bolacha do pacote, não perderia agora, muito menos para você, Sarocha

Que comecem os jogos e que vença a melhor

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E aí, como estamos?

Não me perguntem o motivo porque eu também nao sei.

Já tinha comentado com vcs em um capítulo na outra história que eu prometo que vou atualizar logo logo

Resolvi colocar em prática agora e acho que vocês vão gostar bastante dessa

Confesso que até eu já estou apaixonada e olha que só escrevi um capítulo

Galera, não sei muito bem como funciona esse negócio de tribunal e blá blá blá, então vou colocar o que vier na minha cabeça e é isso

Espero que gostem

Até mais

UnlikelyOnde histórias criam vida. Descubra agora