32.

175 33 16
                                    

Capítulo 32: Uma Caminhada Matinal (4)

⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯

Uma risada brilhante rompeu.

— Sério? Mas então, o que aconteceu?

— O que você acha? — indagou o homem sentado à frente com uma voz suave, antes de continuar: — Ele se curvou profundamente e pediu desculpas, dizendo que não sabia.

— Meu deus…

Cobri minha boca, não podendo conter um leve sorriso.

A luz do sol que entrava pela janela iluminava o perfil lateral do indivíduo adiante; seu cabelo preto sedoso brilhava e seu calmo sorriso chamava minha atenção.

—  Ele não deve ter te reconhecido, Mestre.

— Bem, ao contrário da Coreia, a América é grande, então não é impossível.

Inclinei minha cabeça…

“Mas é sério?”

Mesmo que alguém não soubesse de sua identidade, bastava olhar para seu rosto para poder dizer instantaneamente que ele não era alguém comum.

— Deve ser é um idiota…

Enquanto eu murmurava, o homem levantou os cantos da boca.

Num terno de três peças, sem o casaco e apenas com o colete vestido, ele encostou-se no sofá com uma expressão tranquila em seu rosto; parecia muito satisfeito com o tempo de lazer que estava a ter pela primeira vez em algum tempo.

— …

Levantei minha xícara de chá para umedecer meus lábios secos enquanto sentia meu coração bater rapidamente.

Havia um cheiro perfumado de chá no ar.

— Aconteceu alguma coisa enquanto eu estive na América?

Na pergunta recebida, apertei os lábios e abaixei meu olhar. O que deveria dizer?

— Só— não, tudo estava indo bem…

Ao seu lado, não importava quanto tempo tivesse se passado, eu não estava acostumado à vida na guilda. Já longe dele, sempre sentia falta da minha irmã morta a qualquer momento, e era difícil conter minhas lágrimas…

Há alguns dias, enquanto chorava no banheiro do primeiro andar, até encontrei um membro da guilda, e assim que me viu, saiu com um olhar bem desagradável no rosto. Ao contrário dos outros membros que sempre usavam ternos pretos e mantinham um estilo limpo, ele tinha um cabelo ruivo e piercings; no fim, era alguém particularmente memorável.

— Han Yi-gyeol.

Na verdade, ninguém parecia gostar de mim…

Quando a lembrança do rosto da minha irmã mais nova, que sempre sorria para mim, passou pela minha cabeça, minha visão ficou embaçada.

Ao mesmo tempo, o homem se aproximou de meus olhos, que estavam começando a despejar lágrimas, e…

— D-Desculpa, sinto muito. E-Eu—

— Está tudo bem.

Como se estivesse esperando por elas, as enxugava pacientemente.

— Você pode ficar triste quando quiser. Afinal, ela era sua única família.

— Hhgh— Hic… sim. Ve-Verdad— Hgh… E-Eu sinto tanta falta dela…

— Claro, claro…

I Don't Want This Reincarnation [Novel]  Onde histórias criam vida. Descubra agora