Um encontro?

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Griffin observou aquele desenho por um bom tempo quando chegou em casa, não era tão bem feito, ela como desenhista notou alguns problemas, mas como artista queria interpretar aquilo do melhor jeito possível. A dor não estava apenas na simbologia, mas também nos traços, pela marca no papel, algumas partes foram desenhadas com mais força, tipo o nome de Costia e as flores no túmulo. Seus olhos se desviaram enquanto ela pensava sobre o assunto, ainda se recordava daquele dia, o acidente mexeu até com quem não há conhecia, as duas não eram amigas, mas estudaram juntar por cerca de 2 anos antes dela morrer, pensar no que realmente aconteceu atingia seu coração como uma flecha de gelo, ainda era estranho, ela não sofreu obviamente mas se colocar no lugar de Lexa causava tristeza. Clarke não conseguia imaginar o que era perder alguém dessa jeito, a comparação mais próxima era imaginar se fosse Josephine no lugar de Costia, sua melhor amiga, a dor era insuportável, por um tempo, ela se perguntou sozinha como Lexa aguentava, como ela parecia tão bem um ano depois, como ela seguiu em frente? Sua força era algo admirável...

Clarke guardou o papel na mesa da escrivaninha e se deitou para dormir.

...

Lexa estava em silêncio a aula toda, de vez em quando olhava Clarke, pensando se era necessário pedir desculpas pelo que fez.

Josephine soube o que houve e decidiu atormentar a garota o dia inteiro, a morena sentia algumas bolinhas de papel com insultos sendo arremessada em sua direção, mas não se deu o trabalho de ler nada, Clarke e Murphy estavam próximos naquela manhã, mas depois da 3° aula ele se uniu a Josie e ela ficou sozinha desenhando em seu caderno, Woods ficou curiosa sobre o que ela tanto desenhava, mas sem chances de descobrir.

Intervalo

Lexa mexia em seu armário, guardando alguns livros e trocando materias quando sentiu alguém cutucar suas costas, ao se virar, os olhos verdes se depararam com os azuis de Clarke Griffin.

Eu só queria dizer que você está horrorosa hoje — a loira falou seriamente, encarando

Deve ser porque eu sou lésbica, igual você — Lexa sorriu sarcástica, a frase não precisava fazer sentido, Clarke não se importou já que de qualquer forma, ela já sabia seu segredo

Talvez, mas eu ainda sou uma lésbica bonitinha, você precisa mesmo de uma reforma total — a loira segurou delicadamente a beirada da sua blusa xadrez aberta e puxou levemente, só para sinalizar o quanto a roupa era feia na sua opinião

E você não? — Lexa apontou sua saia azul escuro, curta e com uma meia arrastão — sabe que isso é meia de puta né? Toda furadinha, e essa saia... Não passa uma boa imagem, se você quer ser retrógrada, podemos ser.

Os olhos azuis se reviraram em tédio, ela parecia irritada mas com alguma outra coisa, e só aproveitou Lexa para descontar sua raiva

Não tenho culpa se você tem zero noção de moda

Tá, por que você tá aqui? Seu armário nem é nesse corredor — Woods pegou um livro de física e empurrou a porta de ferro, fechando

Sei lá, tava afim de chorar então vim olhar sua cara horrível pra sentir tanta dó a ponto de sair daqui chorando e pensando "meu deus, porque o senhor castigou tanto essa coitada?" — um sorriso leve surgiu nos seus lábios, seus olhos continuavam fixos nos dela

Te dou motivo pra chorar — Lexa fechou a mão mas não bateu, Clarke aparentemente apenas esperou mas o soco nunca venho, o clima ficou mega esquisito entre elas em seguida

Dezessete - ClexaOnde histórias criam vida. Descubra agora