Capítulo 8

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CAPÍTULO 8 - HELOÍSA SOLLIS.


- Eu tenho tudo o que eu quero, Heloísa - Fernando diz com uma voz sacana.

- Tudo?

- Sim. E sabe o que eu quero agora?

- O que? -  pergunto já ofegante.

- Você.


Será que ele faz noção do poder que já tem sobre mim? Com apenas algumas palavras, já me deixa excitada.


- Eu? Rapaz... me sinto privilegiada.

- E é para sentir-se mesmo, Heloísa. Tudo o que quero e vou fazer com você, metade das mulheres desse escritório iriam querer.

- Me diz mais sobre essas coisas que quer fazer comigo.

- Vou fazer melhor. Vou te mostrar. Esteja na minha sala em cinco minutos.

- Sim, Dr. Fernando - forço uma voz séria.

- Não me atiça, mulher - ele diz e dou uma risadinha.


Desligo a ligação ardendo de tesão e vou correndo pro escritório do homem que vem tirando todo meu sono. Bato na porta de sua sala e, ao entrar, vejo Fernando sentado em sua mesa com a gravata azul clara frouxa. Ele se levanta no mesmo momento em que me vê e vem até a mim.


- Eu estava louco para fazer uma coisa - Fernando me pressiona na porta e me beija com vontade mostrando o que ele queria fazer - Quero te comer aqui.

- Opa, aqui não - digo apertando seu membro que já está rígido.

- Então não atiça, mulher.

- Eu não estou fazendo nada demais - deixo beijos pelo seu pescoço.

- Queria te ver essa noite, mas tenho que resolver alguns problemas.


Fico triste com a notícia, mas, de certa forma, isso é bom. Temos que ir com calma.


- Tudo bem.

- Então, poderíamos aproveitar aqui.

- Não, Fernando. A gente não vai transar no nosso local de trabalho.

- Só me dê um maldito porquê.

- Porque é errado.

- Errado? Eu mando nessa porra de escritório e digo agora mesmo que não é errado.


Mas é um safado convencido!


- Você como chefe deveria ter vergonha de falar assim - digo rindo.

- Mulher, você me tira do eixo. Sabe o que eu poderia estar fazendo agora, ao invés de estar debatendo com você? Eu poderia estar enterrado em você.

- Se controla, fera.

- Não dá - ele diz se esfregando em mim.


Minha vontade é de ficar pelada e me entregar a ele até dizer chega, mas eu não posso ser tão frouxa com Fernando. Ele quer tudo na hora dele e se eu der abertura, vou me ferrar! Certeza!


- Já que não dá, vou embora. Assim eu facilito e você vai resistir - dou um selinho em seus lábios e saio correndo da sala.

- Praga de mulher - ouço ele dizer antes de fechar a porta e começo a sorrir.


Quando entro no elevador, encontro Carlos.


- Heloísa! Como vai?

- Estou bem, Carlos. E você?

Conhecendo VocêOnde histórias criam vida. Descubra agora