O monstro que você criou.

A chegada do novo aluno.

Era um dia comum, primeiro de setembro e o dia em que Tom voltaria para Hogwarts. O lugar mais seguro do mundo, tanto trouxa quanto mágico.

Tom estava indo para longe da guerra, da fome, dos trouxas do orfanato que o olhavam como se ele fosse o mal encarnado. É claro que Tom ajudou com essa ideia por anos e ele não se arrepende.

Nada de bom pode vir de um trouxa.

O trem para Hogwarts estava quase chegando em seu destino. Tom como monitor já vestia seu uniforme e vagava pelos corredores com sua postura elegante e confiante.

Ele gostava de ver como as pessoas reagiam a ele, os que conheceram seu lado rum, tremiam antes de sair de seu caminho, os que conheciam seus feitos escolares o admiravam sem disfarçar. As garotas riam e coravam ao olhar para ele.

Ridlle se sentia poderoso e ele era poderoso, ele era o melhor aluno de sua casa, e de toda Hogwarts, tinha controle de sua magia melhor que os outros alunos. Ele se achava melhor até que alguns professores.

Tom Ridlle era respeitado e temido e estava pronto para seu sexto ano onde reforçaria sua superioridade.

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O salão de Hogwarts estava cheio, o último aluno do primeiro ano havia sido selecionado para sua casa e todos se preparavam para o grande banquete de boas vindas.

- um momento, alunos. - disse o diretor Dippet chamando a atenção de todos. - esse ano é um ano especial, nós estamos recebendo um aluno mais velho, que vinha tendo seus estudos em casa. Este será seu primeiro ano em uma escola bruxa e peço para que todos sejam receptivos com ele. Ele estará ingressando com os alunos do sexto ano. - o diretor fez uma pausa enquanto os alunos se agitavam com a notícia. - silêncio, silencio. - quando todos se acalmaram e ele chamou. - Harry Dumbledore. Entre.

Se Tom não fosse o melhor em esconder suas reações, poderia estar com o queixo tão caído quanto Black ao seu lado, ou de olhos tão arregalados quanto Avery.

O garoto que entrou no salão era alto, tinha cabelos rebeldes, olhos verdes, um verde brilhante e intenso, Tom nunca viu olhos como aqueles, lembravam muito a cor do Avada Kedavra.

O garoto sorria ladino enquanto caminhava com passos decididos até a frente do salão onde o professor Dumbledore o esperava com o chapéu e um pequeno sorriso.

O Dumbledore mais novo se sentou no banquinho e antes do chapéu ser posto em sua cabeça, os olhos verdes cruzaram com os azuis de Tom, foi rápido, mas foi o suficiente pra Tom sentir sua espinha gelar.

Ele não sabia dizer o que, mas apenas um cruzar de olhos e ele sabia que havia algo errado.

Não muito tempo depois o chapéu gritou.

- SONSERINA.

O choque que ainda nem havia passado, correu pelas mesas como ondas. A mesa das cobras não sabia com reagir. Ninguém esperava um Dumbledore na Sonserina.

Quem é esse Harry Dumbledore, afinal? Tom se perguntava enquanto o garoto sorridente e alheio a comoção caminhava até a mesa das cobras.

Tom lançou um olhar para o professor, Alvo Dumbledore não parecia feliz e nem triste, havia um ar de preocupação pairando sobre ele. Ridlle voltou seus olhos ao garoto que sorria alegremente enquanto conversava uma Sonserina do sétimo ano não muito longe de onde ele estava.

Ele não parecia nada além de comum, na verdade, seus modos eram até rudes e medíocres perto de tantos sangues puros metidos. Mas toda vez que os olhos verdes cruzaram com os de Tom, algo no Ridlle gritava Corra.