mantenha a pose.

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Tom o seguiu um pouco mais devagar, suas costas doíam e ele não conseguia deixar seu corpo reto, as costelas com certeza estavam quebradas.


Ridlle não queria demonstrar, ele já estava sendo fraco demais, não queria que Dumbledore o achasse ainda mais.

Harry não se importou, ele nem olhou para trás.


Quando Tom voltou para frente da estátua, Silvy estava enrolada perto da porta e ao sentir seu mestre a serpente enorme se agitou, o cheiro de sangue a deixou furiosa e ela queria matar aquele que machucou seu precioso mestre.


- mestre... Está ferido, mestre. – sibilou aflita.


- eu estou bem, e você também está ferida. Como se sente? – Tom perguntou preocupado.


Harry que assistia a interação, levantou uma sobrancelha. Ele nunca pensou que veria Tom agir preocupado com algo ou alguém que não fosse ele mesmo.


- eu sou forte mestre, mas minhas feridas não estão se curando... Porque mestre? – a serpente parecia um pouco assustado com o fato.


- que feitiço você usou? Porque ela não pode se curar? – Tom  perguntou para Harry que apenas o lançou um olhar irritado, então Tom mudou sua abordagem preocupado que o outro voltasse a enlouquecer. – ela pode morrer se continuar sangrando assim.


- e eu com isso? – Harry falou sem expressão.


Tom serrou os punhos irritado, mas não respondeu mais nada ao outro, ele pegou sua varinha e começou a fazer os feitiços de cura que havia estudado. Até mesmo os mais avançados, porém nenhum deles surtiu efeito.


Ridller franziu a testa confuso, os cortes continuavam lá, profundos e sangrando, ele quase esgotou suas forças lançando o mais forte dos feitiços de cura que conhecia.


Tom olhou desconfiado para Harry que apenas encarava seu esforço com os braços cruzados, uma sobrancelha levantada e a sombra de um sorriso divertido no canto dos lábios.


- existe um contra feitiço? – Tom perguntou imaginando que se tratava de um feitiço das trevas que precisasse de um contra feitiço.


- sim. – falou simples.


- você pode me dizer? – perguntou depois de um tempo de silêncio com os dois se encarando.


- não. – respondeu, o sorriso ficando um pouco mais largo em seus lábios.


- podemos negociar, sei que deve ter algo que posso fazer por esse favor. – barganhou em seu tom bajulador.


Tom já havia feito tantas vezes para conseguir as coisas, que era natural para ele agir assim. Porém ele sentiu um arrepio na espinha ao ver como o outro perdeu o sorriso.


- estou pedindo por favor. – falou tentando usar o tom de voz mais humilde que podia. – você pode ajudá-la, eu vou pagar por esse favor.


Harry não respondeu, sua expressão não era nada boa e mesmo a serpente podia sentir que o outro era perigoso, ela estava tentada a enrolar seu corpo em volta de seu mestre e fugir para bem longe daquela presença poderosa e assustadora.


Por fim, Harry levantou sua varinha na direção da cobra e Tom por um momento temeu que o outro fosse torturar ou matar a criatura, mas então Dumbledore começou a murmurar um cântico em voz baixa e as feridas da serpente foram se fechando até não existir mais nenhuma.


- obrigado. – Tom falou esperando que mostrar gratidão pudesse lhe dar alguns pontos com o moreno.


Depois de Tom acalmar a cobra irritada, que não queria deixar seu mestre ir com aquela pessoa assustadora, eles saíram da câmara secreta.

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