Não Minta.

926 121 42
                                    


Ele entrou por um corredor estreito, onde mal passaria duas pessoas ao mesmo tempo naquele corredor. Tudo que tinha lá era uma porta de madeira escura no final, Harry abriu a porta e entrou no cômodo que era bem maior do que ele poderia esperar.

Era um escritório até que confortável, havia uma mesa muito bonita, cadeiras aparentemente confortáveis, um sofá, poltronas de frente para uma lareira sofisticada, e um diva próximo a estantes altas, lotadas de livros que Harry não reconhecia os nomes.


Estava um pouco empoeirado, com algumas teias de aranha aqui e ali, era óbvio que ninguém usava aquela sala a muito tempo.


Harry deixou o corpo de Tom cair no diva e deu as costas indo xeretar tudo o que podia. Ele pegou um dos muitos livros e abriu, Harry arqueou a sobrancelha para o livro, então o colocou sobre a mesa e pegou outro para ver.


Ele juntou uma pequena pilha de livros sobre a mesa até se dar por convencido de que todos os livros ali seria da mesmo forma que os que ele já havia visto.


Tom resmungo de dor enquanto voltava a consciência, estava confuso, mas quando as lembranças voltaram ele quis ter continuado inconsciente.


Seus olhos se abriram e levaram um tempo para focar, ele percebeu que estava na sala secreta de Salazar e na sua frente, em uma pose relaxada e encostada contra a mesa se encontrava ninguém menos que Harry Dumbledore.


Tom engoliu seco, e seu lábio inferior tremeu conforme ele se tornava mais consciente da dor que queimava como brasa em suas costas, bunda e coxas.


- o que são todos esses livros aqui? – Harry perguntou o encarando por cima de um livro que o moreno analisava. – e não minta.


- s-são de Salaza-zar Sonserina. – falou gaguejando vergonhosamente.


Harry estreitou os olhos e caminhou até o garoto encolhido no diva. Tom fechou os olhos esperando a dor, mas Harry apenas abaixou o livro até a altura dos seus olhos.


- o que está escrito aqui? – perguntou o moreno e Tom espiou a página.


Ela estava toda escrita na língua de cobra, na verdade todos os livros ali foram escritos na língua de cobra pelo próprio Salazar.

Tom mordeu o lábio se sentindo um pouco vitorioso por ser o único que podia falar ou ler língua de cobra.


- é uma anotação, s-sobre um feitiço de... paralisia. – falou fingindo inocência.


Ele era o único que poderia ler, então ele não precisava dizer que na verdade era um feitiço criado para transformar pessoas em estátuas de pedra enquanto seus órgãos continuavam funcionando. Um feitiço criado para uma morte lenta e desesperadora, Tom não queria saber o que Dumbledore poderia fazer com um conhecimento desses.


Harry arqueou uma sobrancelha para o de olhos azuis, então fechou o livro com força e o jogou do outro lado da mesa. Tom se assustou com a reação do moreno, mas não pode fazer nada quando seu rosto foi segurado pelas mãos do maior, os dedos do Dumbledore apertando dolorosamente suas bochechas.


- ainda mentindo? Ou você gosta de apanhar ou você não é tão inteligente quanto acha que é. – sibilou Harry em língua de cobra, os olhos de Tom se arregalaram em choque.


E só então Tom notou o que estava errado desde o começo. Ele fechou a entrada da câmara depois que ele passou, mas Harry apareceu ali assim mesmo.

Apenas alguém que soubesse falar a língua poderia abrir a câmara secreta, e apenas alguém que sabia onde ela estava poderia encontrá-la.

Então como Harry podia estar ali sem saber essas coisas? E como ele podia saber essas coisas?

O monstro que você criou. Onde histórias criam vida. Descubra agora