SATURNO
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O tempo que passa não é o meu tempo
O mundo me espera em compassos lentos
Nasci com pressa de ser eu mesma
E não fingir que sou o que os outros desejam
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Em tarefas e tédio me vejo presa
Mas meu coração reza por surpresa
Minha mente tão ágil exala ideias
E viro refém de uma tal hora certa
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Mil planetas me levam às artes
Mil certezas mortas na contramão
Ah, será que deixarei de ser covarde
Pra colher os frutos de minha determinação?
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A espera me maltrata
Mas só nela posso aprender
E assim perder
O medo, o medo, o medo de viver
Medo, medo, medo de viver
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Quer me dominar uma fria inércia
Olho pro divino e peço sua benção
Como construir o sonhado destino
Se minhas vontades se encontram em queda?
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A sabedoria me pede paciência
Flores gigantes tem raízes extensas
E no fundo eu sei disso tudo
Nunca te ignorei, ó Saturno
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Mil planetas me levam às artes
Mil certezas mortas na contramão
Ah, será que deixarei de ser covarde
Pra colher os frutos de minha determinação?
.
A espera me maltrata
Mas só nela posso aprender
E assim perder
O medo, o medo, o medo de viver
Medo, medo, medo de viver
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Concluída em: 30/05/2023.