FERIDA
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A ferida de um amor que levou à morte
Sorte, sorte, sorte tenho de estar aqui
Vejo no quadro frações contínuas
Refaço as contas e me obrigo a sorrir
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Mas você não tem culpa do meu medo
Tento ensinar o que não sei direito
Estou em restos, eu confesso
Por buscar o comum entre nós dois
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Ah, como eu sei
Como essa ferida machuca
Amar é mais difícil de provar
Do que qualquer conjectura
Pelo menos para mim
Mas agora eu só quero te falar...
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Se eu te olho assim
Não é te querendo
Só é embelezando
Os teus sentimentos
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Como eles podem ser
Mais bonitos que você?
Como eu posso te amar
Sem nunca me pertencer?
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Eu vou te amar
Até meu último sopro de vida
Não chore por mim
Logo, logo estarei renascida
Volto já
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Talvez essa ferida também seja cura
E eu possa ensinar alguém a se curar
Sem ter mais nenhuma dúvida
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Eu vou te amar
Até meu último sopro de vida
Não chore por mim
Logo, logo estarei renascida
Volto já
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CONCLUÍDA EM: 23.05.2023.
