ao cair da noite

uma pequena mentirinha

Oiiie família, aqui é a autora🥰
Gostaria de falar que um pouco da escrita mude um pouco, pois agora quem escreve é minha prima. Agora a história é de nos duas🥰❤🤙

**Fiquem com o capítulo de hoje**

(...)

   Mamãe abre a porta, e se surpreende com o rapaz ao meu lado, que parecia imune a sua surpresa.

   - Oi, mãe.

   - Porque você demorou? Já deveria estar em casa desde às 18:00hrs, filha. E quem é o moço?

   Seguro as alças da minha mochila.

   - É que... - Olho para ele, e em seguida para minha mãe.

   Minha mente pensa numa velocidade impressionante numa ideia.

   - É que eu não lembrava, mas eu participei de um programa para hospedar alunos de intercâmbio na faculdade, e só fui lembrar quando o Haniel apareceu lá, junto com o reitor. - Rio nervosamente. - Ele terá que ficar aqui em casa, tudo bem?

   Ela, aparentemente, desconfia. Mas depois dá um tapinha no meu ombro, sorrindo.

   - Ah, filha. Tudo certo.

   Olho para o anjo, torcendo para ele não dar mancada.

   - Sou Haniel Rybak. Moro na Noruega, contudo, conseguir uma vaga para estudar engenharia civil aqui, nos Estados Unidos. Muito prazer, senhora. - Ele, com um sorriso simpático, estende a mão para mamãe, que impressionada, a aperta, e me dá uma piscadela.

   - Você fala inglês tão fluentemente. Tenho certeza que nos daremos muito bem.

   - Concordo plenamente, senhora.

   "Caramba!" - Me impressiono com a inteligência e agilidade dele.

   - Vamos entrar, está ficando frio. - Mamãe dá espaço para passarmos pela porta e adentrar o apartamento. Haniel olha ao redor do lugar, curioso.

   - Você quer algo, Haniel? Um chocolate quente? Um pedaço de bolo, talvez? - Mamãe oferece, estando na entrada da cozinha.

   - Muito obrigado, mas não será necessário.

   - Qualquer coisa, é só chamar, sim? Filha, leve o rapaz para o seu quarto, arme a cama reserva que temos e organize tudo por lá. Tem problema dividir o cômodo, jovem?

   - Não, tudo bem.

   - Tá certo, mãe. - Agradeço a ela e me viro para ele. - Vamos?

   Ele concorda com a cabeça se me segue pelo corredor.

   Destrancado a porta do meu quarto e entro junto com ele.

   - Então, eu sou um estudante de intercâmbio? - Haniel pergunta retoricamente, enquanto eu pego as peças da cama de cima do armário e as monto numa distância pequena da minha.

   - Bom, sim. - Respondo, terminando de armar o móvel. E quando me levanto, ele ainda está me olhando, com as mãos nos malditos bolsos.

   - Olha, você só ficará aqui até descobrirmos o que aconteceu com você. Não se preocupa não. Não ficará muito tempo perto da mortal aqui.

   - Melhor assim. - Ele anda até a janela, olhando o movimento dos carros na avenida, as luzes dos prédios residenciais e lojas grandes, e as estrelas pairando no céu junto com a lua minguante de companhia.

   Depois de arrumar, fico observando o modo como ele estava. Ele podia ser o que fosse, mas ainda era um anjo confuso, o que me faz ter pena dele. Ando até ao seu lado e pergunto:

   - Como é ser um...?

   - Anjo?

   - Sim, isso aí.

   Ele respira fundo e olha para mim, sem aquele ar arrogante ou orgulhoso, mas sendo sincero.

   - Nós vivemos em hierarquias e com objetivos específicos na vida dos mortais. Eu, por exemplo, auxílio no quesito do amor. Às vezes, uno almas destinadas uma a outra, e em outras, ajudo casais a se manterem firmes e continuarem a manter o amor que está destinado a permanecer até o fim. Mas claro, indiretamente.

   Fico de boca aberta com aquilo. Nem acredito que estava tendo aquela conversa.

    - Que tenso. Não tenho palavras.

   - Imaginei que não teria, mortal.

   Mordo os lábios de raiva dele de me chamar assim.

   - Dá pra parar de me chamar de mortal?

    Ele não me responde e continua olhando as estrelas, me ignorando.

   - Você ouviu, anjinho?

   - Sim, Emilly.

   Meu coração dispara.

   - Como sabe o meu nome? Eu não disse.

   Ele sorri, com graça.

   - Estava escrito na porta do seu quarto.

   Fico corada e volto a acompanhar as estrelas junto com o anjo do amor.