A surpresa de natal de Yibo e Zhan. Um conto de Descobrindo o amor com Você

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Vamos ver como estão nossos meninos nesse conto ?!?

Aproveitem a leitura.

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Xiao Zhan voltava da cozinha com um copo d’água na mão. Já tinha tomado banho, escovado os dentes, estava pronto para se deitar. Pensou que encontraria Yibo no quarto o esperando, como era de costume nas noites de sábado depois da sessão de filmes na sala, mas não: ele estava sentado no sofá, no escuro, pernas cruzadas, notebook   sobre o colo, olhando concentrado para a tela.

“Ué. Tá fazendo o que aí, amor?”, Xiao Zhan perguntou, estranhando a atitude inusitada.

Yibo virou o olhar para ele e abriu os olhos como se não soubesse ao certo a resposta para a pergunta do namorado. .
“Chegou um e-mail do trabalho aqui.”

“Sábado? Onze e meia da noite?”

“É. É do gerente regional da Venezuela, parece que é importante.”

“Não pode esperar até segunda-feira pra responder? Tem que ser agora?”

“Trabalho é trabalho, flor. Me dá mais dois minutos, que eu já tô indo deitar, tá bom?”

Xiao Zhan sabia que o trabalho de Yibo era importante e que a cada dia ele tinha mais e mais responsabilidades e pepinos para resolver, mas nas últimas cinco, seis semanas, Yibo vinha se comportando de um jeito bem atípico, sempre culpando o trabalho, como agora, em um momento em que, tempos atrás, ele já estaria deitado, abraçado, beijando e amando Xiao Zhan sem nem se lembrar de que existiam trabalho e responsabilidades da vida adulta.

Fazia um ano que eram namorados, oficialmente. Nesse tempo, viveram momentos de profunda felicidade. Estavam sempre juntos, fosse na academia ou no apartamento de Xiao Zhan, e continuavam cultivando o mesmo respeito e admiração que os uniu no início.

Tinham pequenos desentendimentos, vez ou outra, mas brigas eram
raras. Brigar com Yibo era cilada, pois ele sempre encontrava um jeito de desarmar Xiao Zhan, fosse com palavras ou com ações. Menos estoico e mais esquentado que o namorado, no entanto, Xiao Zhan se via, de quando em quando, obrigado a se segurar para não causar um atrito, como neste exato momento, em que Yibo ignorava o chamado do parceiro e continuava compenetrado na leitura do tal e-mail, dando atenção para algo que podia ser resolvido na segunda-feira.

A contragosto, mas sem protestar, Xiao Zhan respirou fundo e foi para o quarto se deitar sozinho e esperar passarem os dois minutos que Yibo lhe pediu. Queria ficar um tempo acordado com ele, na cama, conversando. Tinham transado bastante à tarde, nem precisavam repetir a dose; ele só queria companhia, atenção e carinho. Mas os dois minutos logo viraram cinco, oito, dez, e Xiao Zhan acabou adormecendo sem a presença do amado, que não veio encontrá-lo.