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quando a lua mingua, eu também minguo.
diminuo a energia
esvazio a mente
acalento o coração.
tiro o dia para a minha autocura.
sinto a dor que desce do peito e descansa no útero.
sinto as minhas águas-mar — intenso e bravo.
choro horrores até queimar o que não sabia que estava na hora de ir.
e é dançando e refletindo
sobre a culpa de ser quem eu sou,
que entendo que o choro é
a limpeza
do meu coração apertado.

eu, poesia. Onde histórias criam vida. Descubra agora