Submundo do crime

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Mariana Leal

Encaro ele que segura forte no meu pulso, empurro o mesmo forte tentando me soltar, mas foi uma tentativa falha, ele nem saiu do lugar

Gavião: Caralho maluca, chovendo pra caralho tu não vai sair daqui não Mariana, se liga porra

Mariana: Para de tomar as decisões da minha vida Gavião, me deixa ir

Gavião: Não, hoje não, se quiser ir se resolver com teu pai vai quando tiver calma, mas eu não vou deixar tu sair de casa nesse estado, numa chuva dessa, ta louca?

Me solto dele e subo pro quarto, pego o meu celular com as mãos trêmulas vendo mais de vinte ligações da Júlia e da Marcelinha a madrugada inteira

Mandei mensagem pra ela avisando que não tava bem, e respondi a Marcela que só entregou

Aymê nasceu, tô no hospital com a marcelinha
troca de acompanhante só daqui a
oito horas, o parto foi bem, e as duas estão bem//Júlia

Obrigado por fica com ela, não tô bem, qualquer
coisa manda mensagem// Mariana

Olho pro lado vendo o Gavião sentado cochilando, eu sei que ele tá morrendo de sono, de cansaço, não dormiu a noite com medo que eu saísse pra ir atrás do meu pai, e ainda assim insiste em não dormir só pra que eu não saia

Observo o mesmo cair no sono, chamo ele umas duas vezes que não me responde

Ele me pediu pra manter a calma, pra agir na cautela mas não dá, eu preciso esclarecer essas coisas com o meu pai o quanto antes, oque mais tem escondido ai? chega de alimentar essa mentira

Pego as chaves do carro dele em cima da mesa e saio de casa vendo os vapores me encarar parando em fileira na minha frente

Pé: Foi mal galega, patrão falou pra nois não deixar tu sair não

Mariana: Tô pouco me fodendo pro que teu patrão mandou, ele manda em vocês, não em mim_empurro ele passando na frente do mesmo_

Garra: Tu vai deixar ela sair? o Gavião vai rancar teu couro porra

Reviro os olhos entrando no carro, minhas mãos tremiam e meu peito subia e descia, no momento eu me encontrava em uma crise de ansiedade respirei fundo pra tentar manter a calma

Parece que não era real, o medo, a angústia, tudo estava me matando por dentro

Estacionei no estacionamento da empresa, olhei a tela do celular que marcava sete e quarenta e oito da manhã, passei a noite inteira acordada, o tempo todo o gavião me pedia perdão e sinceramente? Não sei oque fazer nessa situação

Minha mente só estava focada no meu pai e apenas nele, eu tinha mil perguntas pra fazer, mil questionamentos

Entrei na sala do mesmo que me olhou com um sorriso no rosto, foi como se eu estivesse vendo a pior pessoa da minha vida, Na hora todas as perguntas e questionamentos sumiram, minha mente se afogou em um desconsolo

Mariana: Bom dia Pai_encarei o mesmo que desmanchou o sorriso vendo a minha expressão séria_

Otávio: Bom dia, nunca vem na empresa no meio de semana

Mariana: Poisé, fui visitar o túmulo da minha mãe, nunca te vi indo levar flores pra ela, ou chorar relembrando momentos seus, engraçado né, pra um cara que diz sentir tanta falta

Otávio: Oque você tá querendo me dizer com isso Mariana?

Mariana: Não se faça, chega, não cansa dessa farsa Otávio?

Otávio: Que farsa? do que você tá falando Filha_tenta me tocar e eu me afasto dele_

Mariana: Oque minha mãe te fez? Em pai? Oque ela te fez pra você chegar ao nível de tirar a vida dela, eu tô com tanto nojo do senhor_ encaro o mesmo sentindo as lágrimas começarem novamente a rolar sobre o meu rosto_

Otávio: Foi aquele Estupido que contou á você não foi?

Mariana: Do que importa Pai, não interessa, nada disso interessa

Otávio: Eu fiz isso por você, Pelo seu bem Mariana

Mariana: Pelo meu bem? Contratou alguém pra tirar a vida da minha mãe pelo meu bem? como você pôde ser tão sujo meu Deus

Otávio: A sua Mãe me traiu com o meu próprio empregado, sua mãe me enganou a vida inteira quando disse que você era a minha filha

Mariana: Oque?_falei com um ar de decepção_

Otávio: Você não é minha filha de sangue Mariana, sua mãe mentiu pra mim a vida inteira, me traiu dentro da minha própria empresa, eu dei tudo, tudo a ela e ela me retribuiu da pior maneira possível oque você queria que eu fizesse?

Mariana: Eu não acredito em você

Otávio: Eu fiz isso por amor a você, porque não queria te ver pegando o exemplo da vagabunda da sua mãe

Mariana: tem mais alguma coisa pra me contar Otávio? é só isso que você me esconde? Que palhaçada tem ai pra mim, oque mais você tirou da minha vida?

Otávio: O Benjamin..._Estreito os olhos pra tentar entender se realmente foi o nome do meu filho que eu ouvi_ O Benjamin não tá morto Mariana

Meu peito dispara, a porta é aberta atrás de mim e eu só me lembro de ver o Gavião me segurando pra que eu não caisse

O nome do meu filho balançou na minha mente, tentei assimilar as palavras, olhei pro Gavião e os lábios dele chamavam meu nome, na minha cabeça ecoava um som distante, a única palavra que eu realmente ouvia era Benjamin...

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Vocês me disseram que sim, queriam um segundo livro dessa história, o roteiro todo foi mudado, e os personagens tende engravidar pra que possa surgir o elenco do segundo livro!

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