°41

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Gavião

Seguro forte os braços dela, ela se tremia inteira e chorava sem parar, a respirava com dificuldade e isso me deixava atordoado, em pensar que fui eu quem causou tudo isso

Gavião: Calma amor_Abraço ela pondo sua cabeça no meu peito_ eu tô aqui com você

Mariana: Eu... eu não consigo res..._foi a última coisa que ela falou, depois só conseguia chorar e se tremer, tentar respirar_

Ver ela naquele estado me deu uma crise de choque, por sorte deu tempo de sair da empresa do filho da puta do pai dela e trouxe aqui na minha mãe, quando chegamos na porta ela começou a passar mau

Marina: oque ela tem Pablo?_desce as escadas correndo com a Rafaela atrás_

Rafaela: as crises dela voltou?_Fala me encarando_

Olhei confuso sem saber de que crise que ela estava falando

Gavião: que crise? eu não sabia de crise nenhuma

Rafaela: Crise de pânico e ansiedade, ela tomava remédio pra controlar_fala pegando na mão dela que aos poucos ia parando de tremer_

Passo a mão no meu rosto pegando meu celular pra pedir pros meninos ir atrás do pai dela, pra ele vai ser sem ideia, só vai ter redenção se a Mariana quiser

Rafaela: Mãe faz um chá de camomila forte e com uma colher de açucar_pede pra minha mãe que saí indo pra cozinha_ Oi Mari, vai ficar tudo bem...

Fala passando a mão na cabeça dela, por um momento eu pude esquecer de tudo, e vidrei naquela cena, a maneira como a Rafaela consegue lidar e acalmar ela é surreal, as duas tem uma conexão que vai além, espero que algum dia elas duas se acertem! E se não, de por mim.

Ela parou de tremer e foi aos poucos voltando ao normal conforme a Rafaela conversava com ela, a minha mãe trouxe a chicara de chá e eu fui dando aos poucos pra ela, que se acalmou ficando muito sonolenta

Rafaela: Leva ela pra cima Pablo, quando ela acordar já vai está melhor, é provavel que ela nem se lembre disso

Assenti pegando ela no colo, levei a mesma até o meu antigo quarto e coloquei ela deitada alí, joguei uma coberta por cima e desci pra cozinha vendo a Rafaela lavando os pratos

Gavião: Valeu_ela me olha sorrindo simpática_ porque ajudou ela?

Rafaela: porque eu nunca te ví assim

Gavião: assim como?

Rafaela: Apaixonado, preocupado, e também porque por mais que seja difícil de admitir eu gosto dela

Gavião: porque não se resolvem?

Rafaela: não mereço a amizade da Mariana, ela fez muito por mim e eu retribui da pior forma, É melhor deixar da maneira que tá_dei de ombros_

Faz dois dias que eu não piso nem o pé pra dar uma moral lá na boca, mal saiu pra resolver umas parada, desmarquei umas três reuniões por causa desses bagulhos com a Mariana

Tô dando maior atenção há ela pô, já paguei agentes pra descobrir o paradeiro do filho dela, eles conseguiram acesso a contas bancárias, hospedagem, viagens que o velho fez e as porra toda

Dei o prazo de quatro dias pra aparecem com tudo sobre a criança, começando por hoje!

Marina: Cade ela? já tá melhor?_assinto_

Gavião: Tá mãe, vou piar lá na boca pra dar uma atenção pô, se ela acordar me liga, não deixa ela sair mãe

Marina: Vai dormir também, descança um pouco, come alguma coisa toma um banho meu filho

Gavião: bem que eu queria, mas dá não mãe_ beijo o topo da cabeça dela_

saí de casa e entrei no carro, dei partida pra boca encontrando geral lá na frente, ninguém sabia do que tinha acontecido com ela, Júlia e Bárbara me mandou mensagens perguntando do porque dela não ter ido visitar a Marcelinha e nem perguntado da Aymê

Disse que ela tava com uns problemas, nem dei muita moral, coisa dela ela conta se quiser pô

Gm: Gavião hoje tem reunião sem falta pô, se tu não for manda alguém no teu lugar, não dá pra remacar mais não

Gavião: Caralho_passo a mão no rosto_ Manda Df ir por mim

Kinho: Tem mais uns sete menor querendo entrar pro movimento

Gavião: vê isso pra mim pô, tô nem com cabeça_entrei na minha sala pegando meu caderno de anotações_ cobrança pra tu fazer Gm, o prazo era pra semana passada pô, se não tiver o dinheiro corta e já era, faz o pagamento da metade das cargas que vão chegar semana que vem, outra metade só quando tiver na minha  mão

Acendi um cigarro de maconha e traguei algumas vezes soltando a fumaça por ar, sono bateu forte pô, meu corpo me pedia descanço

Submundo do crimeOnde histórias criam vida. Descubra agora