— Eu não sou a porcaria do Yoongi.Após ouvir aquilo soltei um riso sincero, por um segundo eu quase me assustei com aquilo, aquele namorado repetente do Hoseok deve estar adorando brincar comigo, vou entrar nesse joguinho imbecil dele.
— Oh não? Quem é então? — Sorri de canto.
— A pergunta não é quem sou eu, é aonde estou.
Levantei do sofá com o telefone no ouvido, coloquei a mão na cintura caminhando até uma janela rindo um pouco encarando a noite lá fora.
— Aonde você está então?
— Na varanda da frente.
Revirei os olhos caminhando na direção da varanda para olhar pela janela.
— E por que está ai? Tá uma noite tão boa Yoongi vai transar com o Hoseok e para de tentar me assustar.
Um silêncio ficou presente, eu olhava pela janela não vendo ninguém lá fora, minha varanda estava meio escura mas dava para ver que não tinha alguém, pelo menos não tão visível, revirei os olhos cansado daquilo.
— Eu acho que está blefando.
Falei convicto já abrindo minha porta, a destranquei e em seguida sai na varanda sentindo a brisa da noite meio fria bater contra meu corpo, suspirei olhando em volta procurando por qualquer sinal de que não estava sozinho ali, e nada, nada além das árvores se mexendo com o vento e o barulho da minha respiração.
— Está me vendo agora, hm? — Perguntei rindo soprado.
— Aham...
Revirei os olhos andando até o canto da varanda olhando por lá e nada novamente, definitivamente eu estava sozinho.
— O que eu estou fazendo agora em?
Coloquei o dedo no nariz rodando meu corpo em todas as direções e ri quando não tive nenhuma resposta, patético.
— Olha eu vou desligar, boa tentativa Yoong-
— SE DESLIGAR VOCÊ VAI MORRER IGUAL SEU PAI.
Eu gelei, Yoongi nunca falaria isso nem brincando, ele sabe que o assassinato de meu pai mexeu muito comigo, foi neste instante que tive noção do perigo, corri para dentro de casa trancando a porta imediatamente.
— Vai se ferrar seu desgraçado.
Encerrei a ligação de uma vez indo colocar o telefone no lugar, portanto assim que fiz isso notei alguém saindo do banheiro do corredor vindo o mais rápido que conseguia em minha direção, essa pessoa se vestia toda de preto, como a roupa da morte, e uma máscara assustadora que parecia com um fantasma, gritei alto sentindo meu coração acelerar num piscar de olhos. Corri rapidamente sendo seguido, ele iria me alcançar, mais de perto notei a faca em sua mão, arregalei os olhos e desviei o vendo acerta minha porta com a lâmina afiada.
Gritei sentindo meus olhos encherem de lágrimas, eu não queria morrer daquela forma, sempre tive pavor de coisas afiadas, subindo as escadas ouvi passos pesadas continuando atrás de mim como um leão faminto atrás de sua presa, no final da escada meu pé fui puxado e eu cai, rolei e bati minha bochecha em um dos degraus de maneira tão brusca que senti arder enquanto algo quente escorria pela minha bochecha. Chegando no chão firme me senti zonzo, tudo em volta tremia um pouco, porém assim que vi aquela figura correndo até mim, me levantei cambaleando, alcancei o telefone e corri mais rápido mesmo ainda meio abatido pela queda.
O invasor chegou perto me derrubando no chão assim que tentei desviar dele para entrar no banheiro e chamar a polícia, mas tive reação ao cair, chutei seu peitoral com toda minha força e me levantei, corri até o banheiro me trancando lá, logo a maçaneta começou a se mover freneticamente mostrando que aquela pessoa queria entrar a todo custo, disquei o número da polícia tremendo como um doido, manchando as teclas com sangue, meu rosto devia ter machucado mesmo na hora que cai.
— Alô qual sua emergência?
— Alô, me a-ajudem por favor, e-ele tá tentando me matar! — Falei com dificuldade sentindo a porta atrás de mim levar vários chutes.
— Me envie sua localização, quem está tentando te matar?
— E-ele! Me ajuda. — Eu estava em pânico não conseguia falar nada coerente.
Então o barulho na porta se cessou, agora era total silêncio, apenas o som da minha respiração.
— Senhor? Alô? — Não respondi, apenas me encolhi no chão do banheiro chorando.
— Senhor, está tudo bem? Pode falar comigo?
— E-ele parou, eu estou falando do bairro Gwangbokro, rua *** número *** . — Respondi com a voz embargada pelo choro.
— Senhor, os policiais já vão chegar, fique na ligação. — A moça disse mas sua voz estava distante para mim.
O ar de meus pulmões esvaíram e o grito ficou preso quando vi a mesma figura agora me olhando pela janela do banheiro, ele chutou o vitro que era razoavelmente grande ele podia passar por ali se quisesse, finalmente o grito saiu quando metade de seu corpo já estava passando pela janela, ele iria entrar, em desespero destranquei a porta saindo correndo o mais rápido que pude, ouvi a sirene e sabia que os policiais estavam na minha rua, destranquei a porta principal de casa saindo, mas acabei dando de cara com Taehyung, esbarrei em seu peitoral sujando sua camisa branca com sangue.
— Jungkook? Porra, o que aconteceu aqui? Consegui te ouvir gritar da sala de casa. — Ele segurou meu rosto. — Que merda aconteceu no seu rosto?
Tremendo eu não consegui responder, eu não tinha nem ao menos raciocinado que era o primo de Hoseok ali, o moreno me olhava inquieto e então me assustei com um barulho de algo caindo na madeira da minha varanda, conferindo o que era eu arregalei os olhos, um telefone, minha respiração pesou e meu medo voltou com tudo. Quando os policiais estacionaram no meu quintal eu corri meio sem rumo.
— Jungkook, calma! — Era a voz de Namjoon.
— Nam... E-ele tentou me matar! O assassino, era ele! — Quase gritei sentindo lágrimas cairem de meus olhos e se misturaram com o sangue da minha bochecha.
E sem esperar mais nada os policiais correram entrando na minha casa, Namjoon abordou Taehyung já o colocando contra a parede, talvez ele tenha entendido que acusei o moreno, mas não.. céus eu não sei, não sei mais de nada, abaixei tampando meus ouvidos e encostando minha cabeça em meus joelhos, eu só queria sair dali o mais rápido possível, pude ouvir baixinho a voz do primo do Hoseok gritar que era inocente, ouvi meu nome também, mas eu não tive reação, apenas chorava escutando meu coração agitado dentro do peito.
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Em Pânico [taekook]
TerrorJungkook vivia em uma pequena cidade da Coreia do Sul, era tudo tão calmo naquela cidadezinha, portanto a paz de todos é pertuba quando um assassino misterioso resolve atacar, matando de forma brutal suas vítimas como num verdadeiro filme de terror...