Prólogo

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Prólogo

25 de abril de 2012 - 3 anos antes

Ela abre os olhos devagar, sem saber onde está. A última coisa de que se lembra é dos olhos dele que pareciam ver a sua alma. Escuta um barulho e tenta levantar a cabeça ou mexer o seu corpo. É impossível.

Seus braços e pernas estão amarrados às pernas de um banco, que reconhece das práticas de submissão. Ao forçar a memória, consegue lembrar-se de sua proposta para um jogo àquela noite, sem comprometimento, apenas prazer.

Sem comprometimento, apenas prazer.

Essas palavras ficam se repetindo em sua cabeça diversas vezes, como um mantra para se acalmar. Ele não vai machucá-la.

É a sua primeira vez em um banco desses, completamente amarrada. Ela entrara nesse mundo de BDSM apenas recentemente. De tanto ler livros sobre isso, ficara curiosa e, depois de conhecer um pouco mais sobre o assunto, encantara-se pela prática. Após oito meses nesse mundo, esta é a sua primeira vez com um dominador experiente.

Percebe que alguém se aproxima e para à sua frente. Pode ver os seus pés. Ele se abaixa um pouco e amarra uma mordaça em sua boca para que não grite.

- Fique calma, você vai sentir prazer.

Concorda com a cabeça e relaxa o corpo. A próxima coisa que escuta é o barulho do chicote cortando o ar e logo atingindo a sua bunda, o que a faz soltar um grito abafado. A dor é insuportável; nenhuma das outras vezes doera tanto. Sente outros dois golpes e logo um líquido escorre por suas pernas e, de alguma forma, ela sabe que é o próprio sangue. Depois de dez chicotas, ele se posiciona para penetrá-la.

Ela puxa as mãos e as pernas, tentando se livrar, mas é impossível. Grita, debatendo-se, mas ele não para. Ele a penetra com apenas um movimento e não para mais. Cada estocada parece que vai rasgá-la. Quando acha que ele não vai parar mais, ele sai e goza em suas pernas. Ele se afasta e ela torce para que a solte, mas ele logo volta e o cheiro de algo queimando chama a sua atenção.

- Já jogou com cera de vela? - pergunta e ela grita. Já tinha visto outras submissas passando por isso e elas pareciam gostar, mas, depois das chicotadas, ela sabe que ele não vai ser cuidadoso.

Quando a primeira gota de cera cai em cima dos cortes em sua bunda, a dor é monumental. Ela grita e chora desesperada; só conseguia se perguntar onde tinha se metido.

Ele parecia ser tão experiente; todos falavam que ele era um dos melhores do clube. Por que será que com ela está sendo assim? Será que ela não serve para esse mundo?

A cera continua pingando em seu corpo. Ao se debater, ouve sua respiração pesada e sente o pênis ereto se esfregando em suas pernas. Ele abre a sua bunda com uma das mãos e derrama a cera em seu ânus, queimando-o, e fazendo-a soltar outro grito desesperado.

A próxima coisa que consegue registrar é o seu pênis pedindo passagem. Quer dizer, pedindo não, exigindo passagem no seu ânus, sem lubrificante; a seco. A dor é enorme; já não tinha mais forças para gritar. Ele dá algumas estocadas antes de agarrar o seu pescoço, enquanto continua a penetrando. Ela sente o mundo girar e sua visão escurece ao não conseguir mais respirar.

A última coisa que ela registra é o grito dele ao gozar e logo é envolta pela escuridão.

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D'votion - Quem Será A Próxima Vítima? - DEGUSTAÇÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora