♡2♡

0 0 0
                                    

Volto para casa e vou direto para a cozinha, estou morrendo de fome. Abro a geladeira e só encontro comida sem glúten, sem lactose, sem nada que me faça sentir felicidade. Acabo pegando uma salada de frutas.

Vou para frente da tv. e aqui fico até que recebo uma mensagem no Instagram:

@_lilica: Tá livre? Vamo fazer alguma coisa?

Abro o Instagram e vejo que foi a Livie que me mandou mensagem, então respondo:

@meridissima: Tô sim, quer vir aqui em casa?
@_lilica: passa o endereço
@meridissima: rua jovial número 32
@_lilica: caraca, eu moro na rua de baixo, to indo pra í.

Fico esperando a Livie chegar, é até bom ter alguém para me fazer companhia porque vou ficar o resto do dia, e a noite toda sozinha, porque minha mãe pegou turno duplo no hospital.

Não passa muito tempo e a companhia toca, abro a porta, e a Livie entra. Não veste mais a camiseta que foi para a escola, mas sim um cropped preto e um shorts jeans, está com o cabelo amarado e leva consigo uma ecobag

Livie: Iai mano, muito chato ficar em casa sozinha, meus pais vão pegar turno duplo no hospital hoje então eu to livre.

Merida: Sério? Seus pais trabalham com o quê?

Livie: Eles são médicos.

Merida: Cacete que coincidência, minha mãe também,  e o melhor disso, ela também pegou turno duplo hoje.

Livie: Nem fodendo...

Merida: Juro.

Livie: Caralho, que fofa. Então, vamos fazer o que, eu to com o meu kit aqui, mas sei lá, só trouxe por precaução?

Merida: Então bora botar a fumaça pra subir.

Vamos para o quintal da minha casa que tem uma área de churrasco e a piscina, aqui é bem gosto de ficar chapada e fazia algumas semanas q eu não fumava já que o wesley não me responde.

A livie bola um pra gente e fumamos.

Gosto de ficar chapada, é tudo tão bonito e feliz, eu sinto vontade de falar o tempo todo e de fazer tudo que eu quiser, mas eu não sinto que tenho limites do que fazer, eu só faço.

Merida: Livie, você se mudou só pelo trabalho dos seus pais? Onde você morava antes?

Livie: Foi meio que a gente juntou o útil ao agradável, meus pais arranjaram o emprego aqui, que é muito melhor, a qualidade de vida numa cidade menor também é melhor e eu que estava dando trabalho na nossa cidade anterior. A gente morava na capital.

Merida: Faz sentido, acho que nunca fui até a capital, deve ser muito lotado.

Livie: Era muito bom morar la, to com mó saudade de tudo, aqui parece que é parado, me lembra uma tela de um quadro que eu nunca vi.

Merida: Então como você lembra de algo que nunca viu?

Livie: É uma questão filosófica da minha parte, uma coisa meio do mundo inteligível.  Quando você pensa em mesa no que você pensa?

Merida: Numa mesa normal de madeira.

Livie: É isso, essa é a ideia de mesa, mesmo que existam vários tipos de mesa. Na minha ideia que quado penso em paisagem, me vem essa cidade, não que seja um quadro  si.

Merida: Me perdi muito nessa — começo a rir — você é inteligente ou eu sou muito burra?

Livie: Sei lá, li em algum lugar.

Merida: Mano, vamo ouvir um som?

Livie: caraca, coloca coloca.

Nem sei o que eu quero ouvir, mas preciso dançar com a Livie agora.

Merida: que ouvir o quê?

Livie: Flourecent Adolecent.

A música começa a tocar pelo sistema se som integrado aqui de casa e já puxo Livie para dançar comigo.
Seguramos uma na mão da outra e começamos a rodopiar pela grama, o sol bate em nossos corpos e sorrimos.

O olho da Livie reflete no sol até ficar de um azul tão claro que é quase transparente, seu cabelo que antes estava preso agora está solto e no sol é possível ver as sardinhas que correm pelos seus braços até chegarem em suas mãos.

Cantamos até a música acabar e então deitamos na grama. O mundo gira ao meu redor e vejo os raios de sol se fundirem ao resto do céu em perfeita sincronia. Mas sou interrompida do meu transe quando ouço meu celular tocar. Corro até a mesa daqui de fora e vejo que e Giulia que me liga:

Giulia: Rida, ta a fim de dar um role agora?

Merida: Sempre, onde vocês tão?

Giulia: Ta eu e a lexie, tamo chegando pra buscar o leo, depois vamos passar para buscar o Jack e a gente passa aí.

Merida: Eu to com a livie, cabe?

Giulia: Cabe sim, to com a mini van do meu pai, ele foi viajar.

Merida: Orra, então pode vir, vou falar com a Livie.

Giulia: Fechou menina barulho.

A Giulia desliga o telefone e volto para a grama com a Livie:

Merida: Vamo dar um role, meus amigos tão chegando pra me buscar e você tá convidada também.

Livie: Claro, mas pra onde a gente vai?

Merida: não sei, só vamos no meu quarto pegar uma mochila com uma troca de roupas pra gente e fechou.

Livie: Me empresta uma calça e uma blusa? Só pra que se fizer frio.

Merida: Claro, a gente deve usar o mesmo tamanho.

Arrumamos tudo e logo a Giulia chegou com o carro e começou a buzinar que nem maluca na frente da minha casa.

SongsOnde histórias criam vida. Descubra agora