HENRY

1.4K 65 31
                                    

Os dias tem passado tranquilos e aproveitei para pedir ao meu fisioterapeuta Jonathan, para me ajudar a ficar de joelhos com as órteses para fazer o pedido de casamento a Sophie, desde então temos feito esse exercício diariamente, mas hoje estou de órteses e com o andador, fica rem pé é essencial para os órgãos ficarem no lugar certo, melhora a digestão e o funcionamento do intestino e da bexiga, auxilia no aumento da densidade óssea evitando lesões é um exercício que faço diariamente, mas hoje sou surpreendido pela presença da minha boneca, que quando me vê de pé e, é a primeira vez que ela presencia meu treino, vejo a emoção nos seus olhos, ela leva a mão a boca e aperta o passo até onde estou, fico mexido pois quando chega perto seus olhos estão marejados.

-Meu Deus como você é alto, tão lindo, preciso te abraçar.

Sinto minha baixinha envolvendo minha cintura, a sensação é tão boa, meu coração aperta, como eu gostaria de poder fazer isso todos os dias, pegar ela no meu colo, rodopiar com ela em meus braços, seu choro me desperta.

-Não chora minha princesa, não fica assim.

-Você é muito alto, teria que andar de salto o tempo todo ao seu lado, você é lindo.

-Você não precisaria disso, te carregaria no colo o tempo todo minha linda, como eu queria que isso fosse uma realidade, pode andar novamente nunca desejei isso como agora, com você nosso filho, não poder fazer coisas simples com vocês me doí. Dou um beijo na sua cabeça e aperto para que chegue mais perto.

-Você já faz isso e amo sentar no seu colo, desculpa por isso ando muito emotiva, acho que são os hormônios e não falei isso como se fosse algo faltando Henry, o fato de você não andar não me incomoda, só é diferente vê sua altura, perdão amor não queria que ficasse chateado não foi minha intenção.

-Shiiii... eu sei que não foi sua intenção, mais queria que minha condição fosse outra, ter tantas limitações não é fácil, agora que vamos ter nosso filho tenho pensando muito nisso, e se nosso filho tiver vergonha da minha deficiência..., não sei e se ele me rejeitar não sei o que faria...

-Amor nossos filhos jamais farão isso, vamos educar com amor mas vamos ensinar a respeitar as diferenças e eles vão ter o maior orgulho do pai, nossa casa não terá espaço para o preconceito, eles vão crescer sabendo exatamente quem o pai deles é, e sabendo que vivemos em mundo com pessoas portadoras de deficiência e que merecem ser tratada igualmente como todas as pessoas, suas limitações nunca serão motivo de rejeição, desrespeito por parte de ninguém.

Eu não me contenho com suas palavras, Sophie quer filhos, ou seja, teremos outros minis pessoas correndo pela casa. Isso me faz ter a certeza de fazer o pedido o mais rápido possível.

-Obrigada meu amor, eu sei que a carga de ter uma pessoa deficiente não é fácil para família, meus pais e irmãos sofreram muito junto comigo, não quero esse peso para você e nossos filhos..., mas mudando assunto de quantos filhos estamos falando?

-Ah..., não sei talvez três bebês o que acha?.

-Podemos pensar em quatro o que acha?

Seus olhos brilham com o comentário ela sorri lindamente para mim. Mas somos interrompidos por Jonathan.

-Desculpa atrapalhar os pombinhos, mas Henry precisa sentar agora.

Ele me ajuda a sentar e ajuda a tirar as órteses, arrumo minhas pernas na cadeira, e encho meus pulmões, ficar de pé é bom demais. Minha boneca apoia sua mão em meu ombro e observa tudo que Jonathan faz, minha deficiência me limita em muitas coisas, mas tenho que agradecer a fisioterapia sem ela muitas coisas as quais eu faço não conseguiria, meu treino me da qualidade de vida dentro do possível. Termino com Jonathan e combino que será hoje a noite que vou pedir a mão da mulher da minha vida.

QUANDO O AMOR ACONTECE!CONCLUÍDAOnde histórias criam vida. Descubra agora