Acordei cedinho para tomar um banho e me maquiar. Look montado, blusinha básica e uma calça jeans preta. Cabelos presos e um baton, vermelho nos lábios.
Sento ao lado da cama e penso o quanto é difícil estar aqui. Passar madrugadas chorando com meus pesadelos e não ter ninguém para me acalmar.
Quando derrepente meus cadernos voam na estante e quase me acertam. Sera que vai começar tudo de novo. E justo aqui?
Imediatamente saio do quarto correndo com uma aparência de assustada, tranco a porta e corro.
Virando o corredor esbarro em uma garota com os cabelos morenos e caracolados que me encara.
- Olha pra onde anda esquisita - afirma ela q me deixa furiosa.
- Esquisita é você vadia, você pensa que é quem para vir me xingar?— começo a peitá-la, o que é um pouco difícil por que ela e um pouco mais baixa que eu.
- Sou Caroline, e eu acho que você devia me respeitar por que eu odeio que me estressem.
- Quem é você para vir falar o que eu posso ou não fazer vadia? - respondo furiosa.
Nesse momento o reformatório inteiro já esta a nossa volta.
- Pelo menos não sou eu a esquisita dos cabelos rosa que anda de preto e não tem nenhum amigo - nesse momento enfureci, dei um soco na sua cara e no mesmo instante todo mundo começou a gritar.
- Sua esquisita, olha o que você fez!
- Se você continuar me chamando de esquisita vai ter mais - voei em seus cabelos e puxei com toda a força, sem querer acabo arranhando seu ombro .
Ela não deixou quieto então tentou me bater mais me esquivei, tinha uma coisa que ela não sabia, eu já tinha feito defesa pessoal a uns anos atras.
Conforme a briga foi rolando a galera foi fazendo mais escândalo e eu ficando mais nervosa. Derrepente as folhas do jardim começaram a voar em torno do alunos. A poeira foi aumentando e não podia se enxergar mais nada. Eu entrei em uma especie de transe, como se eu tivesse la mais meu corpo estivesse se movendo sem os meus comandos.
Não consigo parar de espanca-la, o sangue não para de sair de sua boca. Preciso parar ou vou mata-la, derre pente escuto o barulho de vidros quebrando e os alunos correndo para longe.
Minha mente grita:
"para com isso agora".
Não consigo manter o controle sobre meu corpo quando derre pente a diretora Sarah aparece no meio da poeira e puxa meu corpo pra longe de Caroline. Tento resistir quando meu subconsciente grita:
"Para com isso agora, por favor".
As palavras soam em minha boca e eu volto a sentir meu corpo novamente. Eu me encolho no chão e começo a chorar pronunciando as mesmas palavras repentinas vezes.
-Para com isso, por favor, para, para com isso.
A poeira vai se acalmando e as folhas caem, olho em volta alguns objetos flutuando que caem derre pente.
Caio em um choro profundo quando Sarah me abraça no chão.
-Passou, calma, já passou, estou aqui,
Ainda estou em choque, o que eu fiz? Quase matei ela. Sarah me levanta e me leva e enfermaria aonde tomo alguns medicamentos e acabo dormindo o resto do dia